Presidente da Petrobras não convence sobre Pasadena; Dilma deveria ressarcir empresa

graca_foster_04Conversa mole – Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, que nesta terça-feira (15) participa de audiência pública no Senado Federal, é reconhecida no mercado por sua competência no setor petrolífero, mas sua ida ao Congresso Nacional nada mais é do que uma estratégia do governo, que tentar escapar do furacão de escândalos que sopra sobre a petroleira. Como na política inexistem coincidências, assim como mentir é lago tão comum quanto respirar, Foster desembarcou no Senado com blazer laranja, em alusão à cor dos uniformes da Petrobras.

A missão a presidente da Petrobras na audiência é não apenas explicar a inexplicável aquisição da refinaria de Pasadena, no Texas, operação da qual ela não participou, mas, sim, salvar Dilma Rousseff, que na condição de presidente do conselho de administração da empresa autorizou um negócio que provocou prejuízo bilionário.

Abusando de um palavreado técnico, que por conta disso chega a ser enfadonho, Maria das Graças Foster tentou convencer os senadores de que a compra da refinaria texana foi um ótimo negócio, mas acabou tropeçando nas próprias palavras. A presidente da Petrobras afirmou que “no começo a compra de Pasadena era um bom negócio, mas que se transformou em um negócio com pequena possibilidade de retorno”.

Ao contrário do que afirmou Foster, a presidente da República declarou recentemente que a compra da refinaria texana de Pasadena foi um péssimo negócio. Como sempre, os petistas pecam pela preguiça e não combinam com a devida antecedência as mentiras que serão despejadas sobre um povo complacente, inerte e sonolento em berço esplêndido.

Por melhor que seja um negócio e mesmo que seus gestores sejam parentes do Mágico de Oz, não há como acreditar na prosperidade de uma empresa que meses antes foi comprada por US$ 42 milhões, mas vendida aos gênios petistas por US$ 1,18 bilhão. Só mesmo alguém desprovido de massa encefálica é capaz de cair em um conto do vigário tão chulo e tacanho.

Em qualquer empresa privada, um funcionário que suprime informações sobre determinado negócio e que gera enorme prejuízo é demitido de forma sumária, sem direito até mesmo a explicações. Isso só não acontece quando aquele que comete o erro é o dono da empresa. Esse exemplo serve para explicar a atuação de Nestor Cerveró, então diretor da área internacional da Petrobras, que segundo a presidente da República apresentou um relatório “falho” sobre a compra de Pasadena.

Alega Dilma Rousseff, assim como ratifica Maria das Graças Foster, que do relatório executivo entregue ao conselho de administração da petroleira não constavam as cláusulas de “put option” e “Marlim”. Ora, se isso de fato aconteceu – é de se duvidar – Cerveró deveria ter sido demitido por sua incompetência ou por suspeita de participação no malfeito. Como a era petista é uma ode ao absurdo, Nestor Cerveró foi brindado com uma mudança de cargo, que na opinião de muitos foi um prêmio. Ele deixou a diretoria internacional da Petrobras para assumir a diretoria financeira da BR Distribuidora.

Entre idas e vindas, Foster admitiu que a compra de Pasadena foi um péssimo negócio, discurso fácil e irresponsável quando em jogo está não apenas o dinheiro do povo brasileiro, mas principalmente as suadas economias dos acionistas minoritários, que têm direitos idênticos aos do governo.

Os brasileiros de bem, que sabem o que acontece nos bastidores do desgoverno petista, deveriam exigir que cada integrante do então conselho de administração da Petrobras restituam à empresa o valor do prejuízo, o que não anula o direito de a população de processá-los.