Virou bagunça – Enquanto a população se distrai com as muitas notícias sobre os escândalos de corrupção na Petrobras e os desdobramentos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, o governo petista de Dilma Rousseff avança em sua paralisia malandra. Depois que fracassou a tentativa palaciana de instalar o senador Gim Argello (PTB-DF) no Tribunal de Contas da União, a presidente Dilma adotou cautela em relação à próxima indicação, o que não significa que a ousadia foi deixada de lado.
A indicação de Argello fracassou depois que o presidente do TCU, Augusto Nardes, oficializou o que vinha dizendo nos bastidores. “Nesse contexto, ao presidente do TCU, responsável pela posse, compete, ouvido o Plenário, avaliar todos os requisitos exigíveis, entre eles idoneidade moral, reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública”, informou nota de Nardes publicada no site do tribunal.
Pelo histórico de Gim Argello, o melhor que o senador poderia fazer era desistir de chegar ao TCU, até porque novos imbróglios poderiam surgir se sua candidatura mantida. Na eventual aprovação do nome de Argello, que está senador na condição de suplente de Joaquim Roriz, assumiria a vaga no Senado o empresário Marcos de Almeida Castro, segundo suplente e irmão de Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de sete entre dez políticos acusados de corrupção.
Apenas a título de ilustração, Marcos de Almeida Castro é sócio da empresa Data Traffic, que fornece radares para estradas e vias urbanas. A Data Traffic teve os sigilos fiscal, bancário e telefônico, em 2012, por suspeita de envolvimento com o esquema criminoso de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para vencer uma licitação em Goiás.
Quando o ucho.info afirma que é preciso uma imediata reação da população para frear o atual estado de coisas, que tem levado o Brasil à crise e ao descrédito, muitos creem ser exagero, mas a sequência de fatos tem mostrado a necessidade de um posicionamento por parte da sociedade.
Para que os leitores compreendam a forma perigosa como o Brasil caminha na direção da ruína ética e moral, o que facilitará sobremaneira a instalação de um regime totalitarista, o Palácio do Planalto vem testando, mesmo que discretamente, o nome da ministra Ideli Salvatti, agora na Secretaria de Direitos Humanos, para assumir uma vaga no Tribunal de Contas da União. Assim como Gim Argello, a ministra Ideli, que até recentemente cuidava da articulação política do governo da companheira Dilma, tem um extenso e frágil telhado de vidro.
Como noticiou este site em edição anterior, o governo do PT insistirá na indicação de Ideli Salvatti para uma vaga no TCU, porque é preciso ter o galinheiro vigiado por raposas de confiança. Ou seja, os atuais governantes querem ter a garantia de que suas falcatruas contarão, no TCU, com a complacência de companheiros de baderna.