Requião finge ser de esquerda, mas é o “rei do camarote” pago com dinheiro público, dizem petistas

roberto_requiao_18Óleo de peroba – Senador da República, Roberto Requião está sempre agarrado a um discurso esquerdista, mas é uma espécie de “rei do camarote”, desfruta de mordomias sem fim, “sempre pagas com dinheiro público que ele não é de se coçar”. Esse roteiro, que circula na internet é mais um capítulo da troca de agressões entre o PT e o PMDB paranaenses, que disputam a tapa o direito de enfrentar, no segundo turno das eleições deste ano, o governador Beto Richa (PSDB).

Em mensagens que fazem sucesso nas redes sociais, Requião é apresentado como um “bom vivant”, status que contrasta o discurso bolivariano com práticas de “burguês bancado com o dinheiro do contribuinte”. A denúncia do PT é fundamentada em matérias jornalísticas que identificam um modo de vida pouco compatível com os ditames da Carta de Puebla, sempre citada por Roberto Requião, que recomenda a “opção preferencial pelos pobres”.

“O senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi o que mais gastou com diárias de viagem no ano passado, somando despesas de R$ 52.689,89 [só em estadias, sem contar as passagens de primeira classe]. Ele também teve a segunda viagem mais cara, R$ 10 mil referentes a 12 diárias na Polônia”, diz matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo. No ano passado, Requião também circulou pela Rússia, ilhas gregas e Itália, sempre as custas do contribuinte.

Esse estilo de vida luxuoso e extravagante não começou agora, quando Requião recebe mais de R$ 50 mil mensais só em salário de senador e aposentadoria de ex-governador. De acordo com os adversários, Requião sempre foi perdulário com o dinheiro público. Entre tantas extravagâncias, o então governador mantinha 88 cavalos à sua disposição na residência oficial da Granja do Canguiri.

Requião costumava cavalgar diariamente com um grupo de bajuladores, sendo que os quadrúpedes – e a respectiva ração – eram mantidos pelo suado dinheiro do contribuinte. Um grupo de policiais militares era desviado de função para manter a tropilha do governador em forma. O abuso foi tão grande, que o Ministério Público do Paraná está investigando o uso de dinheiro público para bancar as cavalgadas do ex-governador, que por seu temperamento descontrolado é conhecido como “Maria Louca”.

Enquanto comanda o contra-ataque a Roberto Requião, a senadora Gleisi Hoffmann, que conseguiu a proeza de chefiar a Casa Civil, desfila pelos corredores do poder como se fosse uma representante da burguesia. Sempre ostentando roupas de fino corte e bem acabadas, acompanhadas por adereços de marcas famosas, Gleisi nem de longe lembra a comunista radical de tempos passados. Fora isso, a senadora, que foi transformada em um dos “buldogues palacianos”, tem muito a explicar a seus eleitores sobre a relação com o deputado André Vargas, coordenador da campanha da petista e acusado pela Polícia Federal de ser sócio do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato.