Desgoverno petista insiste no consumo para reverter a crise, mas comerciantes estão com o pé atrás

comercio_05Freio puxado – Marcado pela incompetência dos seus integrantes, o estático governo liderado por Dilma Rousseff continua insistindo nos erros quando o assunto é a economia nacional. Desde que chegou ao principal gabinete do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro de 2011, Dilma adotou até agora 23 medidas de estímulo à economia, sem que ao menos uma tivesse produzido algum resultado.

O máximo que o governo conseguiu foi arrumar desculpas para discursos enfadonhos diante das cobranças cada vez maiores por parte dos empresários e da população. Sem saber como reverter a crise que avança e compromete seu plano de reeleição, Dilma teima em apostar as fichas no consumo interno, como se essa estratégia pudesse ser acionada a todo instante e por longos períodos. Até mesmo o mais despreparado economista sabe que essa medida é, no curto prazo, um ato suicida, pois nenhuma economia resiste muito tempo a uma situação como a que impera no Brasil.

Enquanto o governo tenta fazer do consumo a tábua de salvação, os comerciantes estão com os dois pés atrás. De acordo com a FecomercioSP, os empresários do comércio varejista de São Paulo estão menos confiantes e sem disposição para investir e empregar. Em maio, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu 3,9%, quarta redução mensal seguida. O indicador alcançou 104,8 pontos, ficando ficou próximo à margem de pessimismo da escala apurada pela FecomercioSP, que considera como preocupante resultados abaixo de 100 pontos.

Com o novo recuo no ânimo dos empresários do setor, o índice atingiu o segundo pior número da série histórica, iniciada em março de 2011. O pior resultado (104,2 pontos) foi registrado em julho de 2013, reflexo imediato das manifestações que eclodiram em muitas cidades brasileiras, cuja repercussão contagiou o País.

No quinto mês do ano, a disposição dos empresários paulistas para investir e empregar registrou redução de 2,9% (95,5 pontos) e 1,3% (117,8 pontos), respectivamente. Desde o final do ano passado, os índices caíram de forma significativa: 10% para investimentos e 15% para novas contratações. Mesmo assim, a FecomercioSP alega que as quedas não obrigatoriamente representam retração no setor, mas o movimento exige atenção para que não alcance índices inferiores a 100 pontos.

Muitos são os fatores que explicam o grave momento da economia brasileira, mas alguns merecem destaque. O primeiro deles é que desde o final de 2008 o governo do PT vem apostando no consumismo como vacina contra a crise, receita que não trata a consequência e muito menos elimina a causa. A partir de então, o endividamento das famílias entrou em curva de alta e, por conseguinte, impulsionou a inadimplência, que está em patamar preocupante. Por conta disso, o crédito ficou não apenas mais caro, mas ainda mais difícil.

O governo de Dilma Rousseff vem tentando enganar a opinião pública com a adoção de medidas paliativas, mas o efeito das mesmas é etéreo e serve apenas para manter em pé a candidatura da presidente, que trabalha à exaustão para manter o sonho de mais um mandato de quatro anos, um pesadelo descomunal para os brasileiros de bem.

Para a Federação, os resultados estão em sintonia com a percepção de que empresários e consumidores estão mais conservadores. A FecomercioSP também sinaliza que uma redução na expectativa de investir hoje implica em uma menor abertura de postos de trabalho no futuro.

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