Sol quadrado – Menos de 24 horas depois de afirmar aos membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras, em Brasília, que a petroleira não é um balcão de negócios e muito menos uma organização criminosa, Paulo Roberto Costa foi preso novamente, na tarde desta quarta-feira (11).
“Muita coisa foi dita de forma antiética, sem provas, e quero colocar de forma muito veemente que repudio que a Petrobras seria uma organização criminosa”, disse Costa à CPMI da Petrobras.
Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto foi preso anteriormente pela Polícia Federal durante a Operação Lava-Jato, mas colocado em liberdade por conta de estranha decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo tribunal Federal, que manteve encarcerados outros onze réus no processo que tem o doleiro Alberto Youssef como alvo principal.
Costa foi preso pela PF em sua casa na Barrar da Tijuca, no Rio de Janeiro. O mandado de prisão foi expedido com base na possibilidade de fuga do ex-diretor da Petrobras, que tem passaporte português e mantém contas bancárias na Suíça com saldo total de US$ 23 milhões.
Autoridades suíças já bloquearam o dinheiro depositado nas referidas contas bancárias, todas em nome de empresas de fachada que funcionam em paraísos fiscais e registradas em nome de familiares.
Com a nova prisão de Paulo Roberto Costa, o fantasma volta a circular no meio político nacional, pois o sócio de Youssef é considerado um arquivo vivo quando ao assunto é desvio de recursos da petroleira e pagamento de propina a parlamentares e autoridades.
Ao final do período em que esteve preso em Curitiba, por decisão do juiz federal Sérgio Moro, Paulo Roberto apresentou alternância comportamental, com direito a momentos depressivos. Esse cenário de ciclotimia surgiu depois que suas filhas e genros entraram na mira da Polícia Federal por suposta destruição de provas. Foi quando começou a circular a informação de que Costa poderia apelar à delação premiada para preservar seus familiares.