Escândalo novo – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) anunciou nesta terça-feira (17) que pedirá oficialmente à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga denúncias de irregularidades na Petrobras que acrescente no escopo da Comissão as novas suspeitas sobre obras realizadas pela estatal petrolífera na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná.
De acordo com reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o Ministério Público Federal suspeita que as obras tenham sido alvo do mesmo esquema investigado na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. De acordo com a matéria, relatório de procuradores que atuam no Estado aponta que recursos de contratos superfaturados na unidade de refino paranaense podem ter abastecido empresas ligadas ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e ao doleiro Alberto Youssef, entre elas a MO Consultoria.
Ao quebrar o sigilo da MO Consultoria – empresa de fachada que pertenceria a Youssef -, os investigadores encontraram depósito de R$ 617 mil feito pela construtora OAS. A empresa, a Odebrecht e a UTC integram o Consórcio Conpar, que tem um dos contratos na Repar. Segundo a PF, nessa fatia das obras o superfaturamento seria de cerca de R$ 132 milhões.
Além disso, uma planilha apreendida na Operação Lava-Jato sugere que o ex-diretor da Petrobrás negociou doações eleitorais com empreiteiras, entre elas três contratadas para as obras no Paraná (UTC/Constran, Mendes Júnior e Toyo Setal).
A assessoria do PPS informa também que a intenção é solicitar que a CPMI requisite cópias de contratos, auditorias e o relatório feito pelo MPF sobre a transação. Um dos alvos dos parlamentares no parecer do Ministério Público Federal deve ser o repasse de R$ 3,6 milhões “da Repar à Sanko-Sider”, empresa citada na Operação Lava-Jato como peça do esquema de desvios da Petrobrás para a MO Consultoria, informou a legenda.
Está prevista para quarta-feira (18) a realização de reunião deliberativa para tratar dos requerimentos pendentes de votação na CPMI.