IPCA-15 recua em junho, mas não é motivo para festa no país cuja inflação oficial está além de 20%

inflacao_19Ainda é cedo – O Palácio do Planalto rompeu a quarta-feira (18) com os ânimos em ascensão por causa da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho ficou em 0,47%, contra 0,58% registrado em maio.

Esse recuo decorre da menor elevação dos preços de alimentos e serviços, setores que têm sentindo o forte impacto provocado pela equivocada política econômica do desgoverno de Dilma Vana Rousseff, que dá a última palavra em qualquer decisão relacionada ao tema. Ou seja, a presidente é a principal responsável pela crise que vem chacoalhando o Brasil nos últimos três anos e meio, período em que as autoridades adotaram mais de duas dezenas de medidas de estímulo à economia, sem que ao menos uma tivesse produzido resultados.

Se entre 15 de maio e 15 de junho o IPCA-15 recuou, como anunciou o IBGE, no acumulado de doze meses a situação não é das melhores, uma vez que o índice está em 6,41%, muito próximo do teto do sistema de metas estabelecido pelo governo. Aliás, insistindo em ignorar a necessidade de a inflação convergir para o centro da meta (4,5%), os palacianos já consideram como normal o cenário em que prevalece o teto de 6,5%.

Além da desaceleração da alta dos preços de alimentos e serviços, o recuo do IPCA-15 se deu também pela redução da tarifa de água no estado de São Paulo, que passa por crise no abastecimento em decorrência da forte e prolongada estiagem. Na esteira da malandragem política, os adversários do governador Geraldo Alckmin na eleição que se avizinha, em especial os petistas, têm usado a crise de abastecimento de água a partir do sistema Cantareira como bandeira eleitoral. O que mostra o despreparo e a irresponsabilidade dos que sonham em se instalar no Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.

Um dos que têm se valido dessa estratégia pequena e rasteira é o petista Alexandre Padilha, que ainda não explicou seu envolvimento no escândalo do falso laboratório farmacêutico que funcionava como lavanderia financeira sob o comando do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a Operação Lava-Jato. Empacado com candidato e com irrisórios 3% de intenções de voto, Padilha tem usado a crise no abastecimento de água na Grande São Paulo para tentar convencer o maior eleitorado do País, como se as condições climáticas nada tivessem a ver com o problema que vem afetando inclusive a geração de energia em algumas regiões brasileiras.

É preciso que o tucano Alckmin reaja com firmeza e celeridade a esses ataques covardes dos petistas, pois o estado de São Paulo é o derradeiro bastião na luta para conter o avanço do projeto totalitarista de poder que pode transformar o Brasil em uma versão agigantada da combalida Venezuela bolivariana. Ainda é tempo!

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