Oportunista e eleitoreiro, pacote de bondades de Dilma para a indústria chega com atraso

dilma_rousseff_425Em cima da hora – O pacote de bondades que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ao setor privado é uma escandalosa iniciativa de um governo paralisado e com cunho meramente eleitoral. Nesta quarta-feira (18), em Brasília, a presidente reuniu-se em palácio com representantes da indústria nacional para anunciar o tal pacote de bondades. Dilma, que comanda um governo pífio e que vem perdendo a batalha para manter a economia do País em patamares razoáveis, não está preocupada com a crise que varre a nação, mas desesperada com a possibilidade de o empresariado verde-louro embarcar na campanha do seu principal adversário, o tucano Aécio Neves.

Ao longo de um mandato desastrado, Dilma fechou-se ao diálogo, sem ouvir as sugestões e opiniões do setor. Em três anos e meio, a petista viu a indústria despencar e não esboçou qualquer reação. Somente agora, a poucos meses da eleição presidencial, a presidente tenta minimizar a crise com propostas que não surtirão efeitos na inflação ou na infraestrutura, assim como não mudarão a dura realidade enfrentada pela indústria nacional.

O negativismo do empresariado com a gestão de Dilma só cresce. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas mostra que cresceu o número de empresas dispostas a investir menos que nos 12 meses anteriores: o índice saltou de 16% para 21%.

A queda na confiança dos empresários é um dos fatores que têm dificultado o crescimento mais rápido da economia, que terá novamente um PIBinho – crescimento de apenas 1,24%, como demonstra o último Boletim Focus, divulgado todas as segundas-feiras pelo Banco Central.

“A presidente infelizmente não tem planejamento e quer, a toque de caixa, minimizar a crise da qual ela é a grande responsável. Uma crise da falta de logística para o empresariado, e de falta de rumo na economia”, destaca o deputado federal Gomes de Matos, do PSDB cearense.

As medidas que serão anunciadas pela presidente foram divididas em três grupos: tributárias, crédito e regulatória, informou o jornal “Folha de S. Paulo”. Entre elas, a retomada do Reintegra, programa que devolve tributos aos exportadores, com alíquota simbólica para não pesar nas contas públicas. O governo pode sinalizar ainda com a renovação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, em 2015.

Para Gomes de Matos, as medidas podem até surtir efeito, mas nada que se aproxime daquilo que o empresariado precisa: investimentos em logística, fortes estímulos à indústria e, sobretudo, o cumprimento de uma promessa não cumprida por Dilma, a reforma tributária. “Esse pacote de bondades que ela está tentando apresentar nada mais é que conchavos par minimizar a crise e a má performance administrativa. Já que ela vem demonstrando sua incapacidade de gerenciar o Brasil”, destacou o parlamentar tucano.

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