Pane seca – Senadora pelo PT e um dos “buldogues” palacianos no Congresso Nacional, Gleisi Hoffmann será lançada ao governo do Paraná pela quarta vez. A nova e desesperada tentativa de fazer a candidatura da ex-ministra decolar contará, mais uma vez, com a presença de Lula e Dilma. Os petistas reuniram-se em fevereiro, março e neste mês de junho para outros lançamentos que deram xabu, por isso repetirão a dose.
As seguidas tentativas de fazer a candidatura de Gleisi sair do atoleiro levaram o senador Roberto Requião (PMDB) exercitar sua conhecida e ácida ironia. Requião, que disputa com a senadora petista uma vaga no segundo turno contra o governador tucano Beto Richa, disparou: “A quantidade de lançamentos fracassados da Gleisi só são superados, em número, pelas despedidas não concretizadas do Sílvio Caldas, acho que esses fracassos se devem a ausência dos coordenadores do PT do Paraná, o Gaievski e o André Vargas”.
O pretexto para o novo lançamento da candidatura de Gleisi é uma plenária do PT que contará com estrelas de primeira grandeza da legenda que ao longo da última década provou sua vocação para o banditismo político. Na prática, Lula e Dilma aterrissam em Curitiba para realizar o quarto lançamento da candidatura da ex-chefe da Casa Civil, na expectativa de reverter um cenário marcado por desoladores índices de intenção de voto.
Na receita desse desastre eleitoral que se anuncia tiveram participação preponderante os grandes escândalos envolvendo a senadora (Gaievski e André Vargas, seus coordenadores de campanha), as atuações da candidata tentando encobrir malfeitorias do PT e, por último, sua desastrada ação na catástrofe provocada em cidades paranaenses pelas chuvas torrenciais.
Logo após as enchentes, Gleisi apareceu no Palácio Iguaçu, acompanhada do ministro da Integração Regional, anunciando ajuda federal de R$ 142 mil, dinheiro suficiente para destinar R$ 0,30 para cada flagelado vítima das águas celestiais.
Quando se deu conta do fiasco, o desgoverno petista mobilizou Dilma para visitar as áreas alagadas e destinar R$ 3,9 milhões para atender os desabrigados. Embora mais substancial, a nova quantia anunciada pelo governo é igualmente ridícula e ofende os paranaenses. O valor a ser disponibilizado representa um auxílio de R$ 7 para cada flagelado. Se comparada ao elevadíssimo número de casas destruídas e de pessoas que perderam seus bens nas enchentes, esse dinheiro é nada.