Efeito retardado – Quando ainda faltavam poucas semanas para o começo da Copa do Mundo, a desnecessária competição que o Brasil jamais teve condições de recepcionar, a presidente Dilma Rousseff e seus asseclas rebatiam as críticas com a desculpa que o mais importante, a reboque de uma gastança de R$ 35 bilhões, seria o legado do mundial de futebol. Discurso de encomenda no melhor estilo “papo furado”, “conversa mole” e outros quetais da embromação oficial.
Como sabem os brasileiros de bem, o único legado que surgiu na esteira da Copa foi o superfaturamento dos estádios das cidades-sede, que segundo Lula, o lobista fanfarrão, assustaram a seleção da Inglaterra. Muitos foram os que lucraram com esses criminosos superfaturamentos das obras das arenas, em especial as nove que receberam dinheiro público.
Contrariando as apostas do desgoverno de Dilma Rousseff, o Brasil teve o pior saldo de criação de vagas de trabalho com carteira assinada para um mês de maio desde 1992. A somatória de empregos formais gerados no mês foi de 58,8 mil, de acordo com informação divulgada pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (24). Em maio de 2013, as contratações alcançaram a marca de 72,02 mil, enquanto que no ano a geração de novas vagas formais chegou a 543,2 mil.
Desde o início do governo Dilma (janeiro de 2011) até maio passado foram criados 5,05 milhões de novos empregos. Responsável pela pasta do Trabalho, O ministro Manoel Dias (PDT) afirmou que o governo esperava um número maior de contratações devido à Copa, mas o crescente pessimismo do empresariado puxou o resultado para baixo. “Havia um pessimismo de que o Brasil não ia fazer Copa, estádios não iam ficar prontos, consumo diminuindo”, afirmou Dias.
Para que o desempenho de Dilma nas pesquisas eleitorais não encolha ainda mais, uma desculpa pífia foi vociferada pelo ministro do Trabalho. Manoel Dias acredita que as contratações relacionadas à Copa do Mundo podem ter ocorrido em fevereiro, pois os empresários estavam preocupados com o treinamento dos trabalhadores temporários. Trata-se de uma afirmação tão verdadeira quanto a fábula de que cabe à cegonha trazer os homens à Terra.
A realidade que o governo petista de Dilma Rousseff tenta esconder já é de domínio público. Os brasileiros estão arredios em relação ao consumo, assim como os empresários perderam a confiança no governo e principalmente no futuro. Tanto é assim, que não apenas as contratações estão em baixa, mas também e principalmente os investimentos.
Enquanto o desgoverno do PT não admitir que a lição de casa deixou de ser feita e que a essa altura dos acontecimentos nada será capaz de reverter o cenário atual, o Brasil continuará dando dois passos para o lado e um para trás. Mesmo assim, os petistas tentam impulsionar o projeto de reeleição de Dilma com o mote “mudar para melhor”.