PSDB paulista não convenceu Serra a desistir de candidatura ao Senado e Kassab deixa Alckmin no altar

geraldo_alckmin_36Tiro no pé – Um dia, talvez, Geraldo Alckmin (PSDB) saberá escolher melhor seus assessores. Chamado pelos aliados de “Wally” do governo Alckmin – afinal ninguém sabe onde ele está –, o tucano Edson Aparecido, chefe da Casa Civil, parece trabalhar contra a candidatura do chefe. Isso porque Aparecido, o “desaparecido”, tem deixado escapar diversos apoios à campanha de Alckmin à reeleição. A mais recente perda, e de maior repercussão, envolve o PSD, partido fundado por Gilberto Kassab.

Presidente nacional da legenda, Kassab ficou aguardando uma definição por parte dos atuais inquilinos do Palácio dos Bandeirantes para selar o acordo político-eleitoral que garantiria ao ex-prefeito paulistano o direito de concorrer ao Senado Federal pela coligação. Diante da embromação, Kassab, após reunião da cúpula da legenda, anunciou que apoiará Paulo Skaf, presidente licenciado da FIESP e candidato do PMDB ao governo paulista.

Com essa decisão, a candidatura de Skaf ganha mais força como “Plano B” do Partido dos Trabalhadores, que há muito trabalha para tentar despejar os tucanos do comando do mais importante estado brasileiro.

Na última quarta-feira (25), o ucho.info noticiou que o apoio de Gilberto Kassab à candidatura de Alckmin estava na dependência um esforço por parte do PSDB: convencer José Serra a desistir de concorrer ao Senado, o que não aconteceu. Anunciado o impasse, Kassab aderiu à candidatura de Skaf e disputará uma vaga no Senado Federal na coligação encabeçada pelo PMDB. Aliás, nas eleições deste ano apenas uma vaga a que cada estado tem direito no Senado será renovada.

Ao ver escapar o apoio de Gilberto Kassab, o tucano Alckmin não apenas perde um apoio importante que agregaria tempo de rádio e televisão à campanha, mas abre um segundo palanque para Dilma Rousseff no estado de São Paulo. Afinal, Dilma poderá subir no palanque de Skaf, que agora conta com o reforço de Kassab, e no do ”companheiro” Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo paulista.

Em relação a José Serra, é sabido que ex-governador jamais teve boas relações com Alckmin, por isso dificultou a viabilização de um acerto com o PSD. Fora isso, Serra tentava de alguma forma atrapalhar a campanha de Aécio Neves, candidato tucano ao Palácio do Planalto. Não é novidade que o PSDB é um partido rachado desde sua criação, mas picuinha eleitoral é sinal de ignorância política. Enfim…

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