Padilha perde o apoio do PP, que despeja no palanque de Paulo Skaf os escândalos de Maluf

paulo_maluf_10Curto-circuito – A poucas horas do encerramento do prazo para definir os últimos detalhes com vista às eleições de outubro próximo, o Partido Progressista, do ex-prefeito e deputado federal Paulo Salim Maluf, anunciou apoio à candidatura de Paulo Skaf, escolhido pelo PMDB para disputar o governo do mais rico e importante estádio da federação, São Paulo.

Com a decisão do PP de abandonar a campanha de Alexandre Padilha, a cúpula petista deixa claro que jogou a toalha em relação à campanha do ex-ministro da Saúde, escolhido por Lula para representar o partido na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

Padilha continua empacado em míseros 3% nas pesquisas eleitorais, o que levou o PT a transformar a candidatura de Skaf como “plano B” do partido para tentar despejar os tucanos do comando da terra dos bandeirantes. A situação que foi oficializada nesta segunda-feira (3) começou a ser desenhada há algumas semanas, quando o PT empurrou o PROS e o PDT para o palanque de Paulo Skaf.

Na sequência, os petistas deram um drible em Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, e colocaram mais uma pá de cal na candidatura de Alexandre Padilha. Cooptaram o ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que concorrerá ao Senado Federal na chapa encabeçada pelo presidente licenciado da FIESP. Com isso, Padilha ficou isolado em termos eleitorais, sendo que poderá contar de fato apenas com o apoio da militância do partido.

A reboque da decisão do PP deve ser considerado um fato no mínimo interessante: Skaf terá mais uma nesga de tempo de rádio e televisão, mas ao mesmo tempo será obrigado a abrir espaço em seu palanque para Paulo Maluf, um procurado pela Interpol e que se colocar um pé além das fronteiras nacionais acabará preso.

Como o Partido Progressista vem minguando no estado de São Paulo, a direção estadual da legenda entendeu que o cacife político-eleitoral de Paulo Skaf, que conta com o apoio do vice-presidente Michel Temer, é maior e por isso permite alimentar alguns sonhos até outubro. Inclusive o de reeleger Maluf.

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