Camisa de força – “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”. Assim profetizou certa feita o então governador da terra de todos os santos, Octávio Mangabeira. Os anos se passaram e essa frase deixou de ser exclusividade do estado nordestino, pois no País sobram absurdos por todos os cantos. O absurdo cresce de tamanho quando o assunto é o petista Fernando Haddad, o poste de Lula que virou prefeito da maior e mais importante capital brasileira.
À frente da administração da cidade de São Paulo, Haddad decidiu revolucionar em termos de mobilidade urbana: comprou uma lata de tinta e uma brocha e saiu demarcando faixas exclusivas de ônibus por toda cidade.
Sem saber como solucionar o trânsito caótico que na maioria das vezes para a quarta maior cidade do planeta, herança maldita do falso gênio e doutor honoris causa, Haddad agora posa de xerife-ditador e vem transformando a capital paulista em uma espécie de laboratório da insensatez. Sem ao menos respeitar o direito constitucional de ir e vir, algo sacramentado na Carta Magna verde-loura, o alcaide da Pauliceia Desvairada decide ampliar o horário do rodízio de veículos com a mesma facilidade com que se compra um pastel na esquina.
Depois de infernizar a vida dos munícipes com a extensão do horário do rodízio de veículos nesta terça-feira (1), por causa do jogo entre a Argentina e a Suíça, Fernando Haddad deverá fazer o mesmo na próxima sexta-feira (4), dia em que a seleção brasileira enfrentará a forte equipe da Colômbia. O grande detalhe é que a partida que poderá eliminar o selecionado nacional da Copa do Mundo está marcada para a Arena Castelão, em Fortaleza.
Traduzindo para o bom e velho idioma dessa barafunda chamada Brasil, Haddad quer impedir que veículos com placas finais 9 e 0 deixem de circular no chamado centro expandido, entre as 7 horas da manhã e as 8 horas da noite, apenas porque a pífia seleção comandada por Luiz Felipe Scolari jogará a 2,4 mil km de São Paulo.
Essa brincadeira de estender o horário do rodízio de veículos é ressuscita aquela velha teoria do provisório que vira permanente. Se isso de fato acontecer – a chance é grande, apesar das negativas da prefeitura – Fernando Haddad que prepare para uma enxurrada de ações judiciais. Lembrando que a medida só não foi implanta definitivamente porque o ano é de eleições e os petistas andam empacados na terra dos bandeirantes.