Indústria cai pelo terceiro mês consecutivo e reforça a dificuldade de Dilma para se reeleger

industria_15Momento jabuti – Em sua antecipada campanha pela reeleição, a petista Dilma Vana Rousseff tem circulado pelo Brasil como se aqui fosse o país de Alice, aquele das maravilhas. Seus companheiros de legenda, os abusados petistas, têm defendido a reeleição com base na tese esdrúxula de que é preciso mudar para melhor. Ora, se Dilma nada fez em três anos em meio, não será mais um quadriênio tempo suficiente para desfazer minimizar os efeitos de uma lambança que exigirá meio século para ser varrida da história.

O grande erro do PT foi imaginar que o messianismo boquirroto inaugurado por Lula, o lobista, fosse capaz de manter a economia brasileira nas alturas. Como o movimento econômico não se deixa levar por discursos embusteiros e muito menos por ufanismo ideológico, o País agora vive uma situação de extrema preocupação, até porque tudo vai mal nessa louca terra de Macunaíma.

Na manhã desta terça-feira (2), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou os resultados de pesquisas que aponta mais um recuo da indústria nacional. De abril para maio, o setor encolheu 0,6%, o terceiro número negativo seguido. Somente em 2014, o recuo da economia brasileira é de 1,6%, situação que deve piorar sobremaneira por causa da Copa do Mundo e dos nefastos feriados decretados pelas autoridades em virtude da falta de investimentos em infraestrutura, começando pela mobilidade urbana.

Na comparação com o mesmo mês de 2013, a atividade industrial mostrou baixa ainda maior, de 3,2%. “No mês de abril, [o recuo] foi mais intenso por causa do efeito calendário. No mês de maio não houve influência do calendário, existe o mesmo número de dias”, declarou André Macedo, gerente de coordenação de indústria do IBGE.

O cenário atual deveria merecer a atenção das autoridades, uma vez que a falta de confiança do empresário da indústria tem freado os investimentos nos setor, situação que pode se espalhar por toda a economia, tornando o quadro de difícil reversão.

Por enquanto o impacto do desânimo que se abate sobre a indústria ainda não alcançou de vez a geração de empregos, mas quando isso acontecer a tragédia não será pequena.

O governo federal vem tentando tapar o sol com a peneira usando medidas de estímulo à economia, mas desde a chegada de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto nenhuma delas funcionou. O que mostra que a política econômica do governo está equivocada. Isso explica a atuação de Lula nos bastidores para tentar reverter o pessimismo dos empresários da indústria, que resistem a embarcar na campanha de Dilma.

Os veículos de comunicação têm se preocupado somente com as questões eleitorais e por conta disso dão destaque a fatos como os doze minutos de rádio e televisão a que Dilma Rousseff tem direito, na esteira da coligação partidária formada em torno de seu projeto de reeleição, contra os seis minutos do presidenciável tucano Aécio Neves. Acontece que Dilma terá dificuldade para, em tão pouco tempo, convencer o eleitorado de que o Brasil avança de vento em poupa.

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