Infecções por HIV aumentam 11% no Brasil em oito anos, aponta relatório da ONU

aids_02Na contramão – Não foi apenas a economia nacional que o Partido dos Trabalhadores conseguiu arruinar. O combate à Aids também foi alvo da incompetência da “companheirada”, que cada vez mais se agarra à falaciosa pirotecnia para manter-se no poder. Dados divulgados nesta quarta-feira (16) sobre a situação da Aids no País mostram que o “País de Alice” que se instalou em território brasileiro durante a Copa do Mundo saiu de cena.

Relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (Unaids), divulgado nesta quarta, indica que as novas infecções por HIV no Brasil aumentaram 11% entre 2005 e 2013. No ano passado, o País registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina.

O Unaids estima que 1,6 milhão de pessoas vivem com HIV na região. A maioria dos casos (75%) se concentra em cinco países – Argentina, Brasil, Colômbia, México e Venezuela. A América Latina registrou queda de 3% em novas infecções entre 2005 e 2013, mas os índices variam de país para país. O México, por exemplo, registrou queda de 39% e o Peru, de 26%.

De acordo com cálculos do órgão, na América Latina são registradas dez novas infecções por HIV a cada hora. Os grupos particularmente vulneráveis a novas infecções, que representam um contingente significativo de soropositivos, incluem transgêneros, homens gays, homens que fazem sexo com homens, homens e mulheres que atuam como profissionais do sexo e seus clientes; além de usuários de drogas.

Os dados mostram também que aproximadamente um terço das novas infecções na América Latina ocorre em pessoas jovens, com idade entre 15 anos e 24 anos. “Populações mais vulneráveis enfrentam altos níveis de estigma, discriminação e violência, que criam obstáculos no acesso à prevenção da doença, ao tratamento, ao cuidado e aos serviços de apoio”, informou o Unaids.

O órgão destacou, entretanto, que a América Latina continua a ser a região com a maior cobertura antirretroviral do mundo – aproximadamente 45% dos 1,6 milhão de pessoas com HIV que têm acesso à terapia. Novamente, os índices variam de país para país. Brasil, Chile, El Salvador, México, Peru e Venezuela registram mais de 40% de cobertura, enquanto o tratamento na Bolívia alcança menos de 20% das pessoas infectadas.

O relatório ressaltou também que Brasil e Panamá alteraram recentemente o protocolo de atendimento para soropositivos, possibilitando que todas as pessoas com HIV, independentemente da carga viral do paciente. (Com informações da ABr)

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