Atentado terrorista teria derrubado avião da Malaysia Airlines na Ucrânia

malaysia_airlines_20Tragédia no ar – O russo Vladimir Putin mal começava a faturar com a aquiescência criminosa dos BRICS em relação à investida do governo de Moscou na Ucrânia, quando uma tragédia ceifou seu plano mirabolante e rasteiro. Um atentado terrorista, supostamente patrocinado por separatistas russos, derrubou um Boeing 777 da Malaysia Airlines que voava entre Amsterdã, na Holanda, e Kuala Lumpur, na Indonésia. A aeronave caiu nesta quinta-feira (17) na região de Donetsk, próxima à fronteira com a Rússia.

De acordo com a agência russa Interfax, 295 pessoas estavam a bordo (280 passageiros e 15 tripulantes). A Malaysia Airlines confirmou que perdeu contato com o voo no momento em que a aeronave sobrevoava a região ucraniana.

“A Malaysia Airlines perdeu o contato com o MH17 de Amsterdã. A última posição conhecida foi sobre o espaço aéreo da Ucrânia. Enviaremos mais detalhes a seguir”, informou a companhia aérea no Twitter.

As autoridades locais ainda não sabem as causas do acidente, mas o Ministério do Interior da Ucrânia afirmou que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar. A tripulação do avião malaio não informou problemas durante o voo, mesmo quando o avião sobrevoava a Ucrânia.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, declarou que “não descarta” que o avião tenha sido derrubado e afirmou que o país está diante de um “ato terrorista”. “Esse é o terceiro evento nos últimos dias seguindo a derrubada de aviões AN-26 e SU-25. Não descartamos que este avião possa ter sido derrubado e ressaltamos que as Forças Armadas ucranianas não realizaram disparos que atingissem alvos no ar”, afirmou Poroshenko em comunicado.

“Poroshenko crê que esse avião foi abatido: ‘não é um incidente, não é uma catástrofe, mas um ato terrorista'”, disse seu assessor. Svatoslav Tsegolko. Para reforçar a tese de atentado, Anton Gerashenko, assessor do ministro do Interior ucraniano, afirmou em sua página no Facebook que a aeronave voava a uma altitude de 10 mil metros quando foi atingida por um míssil disparado por um Buk.

A declaração do presidente Poroshenko rebate a acusação do líder separatista Alexander Borodai, que culpou forças do governo de Kiev pela derrubada do Boeing da Malaysia Airlines. O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, ordenou uma investigação do caso, afirmou a porta-voz Olga Lappo.

O presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos estão trabalhando para identificar a eventual presença de passageiros norte-americanos no voo MH17, ao mesmo tempo em que mantêm contato co Kiev para saber as causas do acidente. “Nossa equipe de segurança está conversando com o governo ucraniano constantemente”, disse Obama.

Segundo informações preliminares, mais de 300 pessoas morreram na queda do avião, afirmou o assessor do Ministério do Interior ucraniano Zoryan Shkyryak. “Mais de 300 pessoas inocentes foram mortas. Sabe-se que 23 cidadãos americanos foram mortos”. Isso significa que além das pessoas que estavam a bordo do voo que fazia a rota Holanda-Malásia, pessoas em solo também morreram.

Há uma enxurrada de controvérsias e acusações recíprocas em relação ao acidente. Enquanto nega que caças oficiais tenham abatido o Boeing 777, o governo de Kiev afirma que trata-se de um atentado terrorista, como já mencionado. Acontece que o avião da Malaysia Airlines voava a 10 mil metros e os separatistas pró-Rússia alegam não possuir armas terrestres capazes de alcançar tal altitude.

A Casa Branca adotou cautela em relação a qualquer declaração sobre a tragédia, pois na quarta-feira (16) o governo dos Estados Unidos aprovou uma terceira rodada de sanções à Rússia, especialmente no setor de defesa, energia e financeiro. Por outro lado, o presidente russo Vladimir Putin disse que a tragédia não teria acontecido se inexistisse conflito na região. (Com agências internacionais)

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