PPS cobra esclarecimentos sobre atraso e superfaturamento das obras da usina nuclear de Angra 3

usina_angra3_01Bomba acionada – Superfaturamento parece ter se transformado na especialidade maior dos governos petistas. Isso se deve, entre tantas razões, à necessidade do Palácio do Planalto de manter intacta a chamada base aliada, que depois do fim do Mensalão do PT, o maior e mais ousado escândalo de corrupção da história nacional, passou a chafurdar em ministérios e estatais, todos entregues de porteira fechada a partidos políticos.

Com base em mais um escândalo com a chancela estelar do desgoverno petista, o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), apresentou requerimento à Mesa Diretora da Casa para que o Ministério de Minas e Energia esclareça os motivos do atraso nas obras da usina nuclear de Angra 3 e o aumento de quase 100% no preço inicialmente previsto do empreendimento.

O primeiro relatório do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previa que a usina seria concluída em 31 de janeiro deste ano. Já no décimo balanço do PAC a conclusão da obra foi adiada para 30 de junho de 2018. O que permite pensar que a data inicial foi apenas uma invencionice qualquer para rechear o relatório com informações mentirosas ou, então, confirma a inoperância de um governo que é cada vez mais refém da incompetência dos seus integrantes.

“Queremos que o governo explique quais foram motivos do grande atraso de Angra 3 e porque a obra vai custar 91% a mais do que o planejado”, cobra Bueno. O custo inicial era de R$ 7,33 bilhões e agora está estimado em R$ 14 bilhões, segundo levantamento.

Para o líder do PPS, Angra é um “caso exemplar de extrema lentidão e descumprimento de cronogramas” que se tornou regra nas obras realizadas pelo governo federal. “Como a Eletronuclear alega uma série de problemas nos processos licitatórios de Angra 3, alterações no cronograma das obras e no orçamento que parecem distantes da realidade, estamos pedindo informações mais consistentes e precisas sobre a construção da usina nuclear, que será de extrema importância para a produção energética brasileira”, justificou Rubens Bueno.

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