Produção industrial cai pelo quarto mês seguido, recua 1,4% em junho e desmonta o discurso de Dilma

industria_16Ladeira abaixo – Copa do Mundo, estoques elevados e desconfiança do empresário em alta. A esse trio maligno junte a incompetência de um governo paralisado e que vive apoiado na pirotecnia oficial. Tal receita foi suficiente para que a indústria nacional registrasse novo recuo em suas atividades, em junho, piorando ainda mais o cenário industrial do País.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no sexto mês deste ano a produção industrial registrou queda de 1,4%, o quarto recuo seguido em 2014. Apesar desse número desanimador, o resultado divulgado pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (1º) veio melhor do que esperavam os analistas econômicos, que apostavam em queda da atividade industrial entre 2% e 3%. No acumulado do ano a queda é de 2,6%, enquanto que na somatória de doze meses o recuo da atividade industrial é de 0,6%.

O setor sofre as consequências de uma série de fatores, como, por exemplo, taxas de juro mais elevadas, entraves na concessão de crédito ao consumidor e inflação em alta, além da pouca disposição dos empresários para investir. Para piorar o que já é ruim, o mercado de trabalho, como um todo, tem mostrado às autoridades que trafega em ponto morto. Ou seja, longe de uma avalanche de geração de novos postos de trabalho, o País vive o que os especialistas chamam de pleno emprego, situação que tira da população o ímpeto de consumir.

Como se não bastasse, a geração de novos postos de trabalho, mesmo que acanhada, e as mudanças de emprego têm sido marcadas por salários menores, o que compromete o poder de compra do consumidor.

A questão maior nesse quadro que aponta na direção da crise é a conhecida irresponsabilidade do governo federal, que ao longo da última década insistiu em deixar para trás os investimentos em infraestrutura, que teria proporcionado algum tipo de impulso à economia. Sem ter como justificar os próprios erros – e do seu partido também – e valendo-se da enfadonha vitimização, a presidente Dilma Rousseff coloca a culpa no cenário internacional e alega que o PT recebeu uma situação difícil em termos de Estado. Ou seja, o culpado continua sendo o tucano Fernando Henrique Cardoso.

Em meados de 2005 o ucho.info alertou o governo do PT para o perigo que representava, à época, os primeiros passos de um processo de desindustrialização, que desde então não parou de avançar. Na ocasião, os palacianos estavam empenhados em salvar o mandato do então presidente Lula, flagrado em relações nada republicanas com os protagonistas do Mensalão do PT, o maior e mais ousados escândalo de corrupção da história brasileira.

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