Roseana e ministro da Justiça adotaram estranho silêncio em relação ao presídio de Pedrinhas

roseana_sarney_33Boca fechada – Quando cabeças começaram a rolar, literalmente, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, o governo de Roseana Sarney (PMDB) se apressou em explicar a guerra entre as facções criminosas que dominam os presídios brasileiros e que alcançou nos da capital maranhense. A cena se repetiu algumas vezes, até que o governo federal, por meio do Ministério da Justiça, decidiu enviar ao estado a Força Nacional de Segurança.

À época, Roseana ainda era candidata ao Senado, assim como seu pai, o nefasto José Sarney, que pensava em abocanhar mais um mandato parlamentar. Sem qualquer explicação plausível e convincente, ambos – pai e filha – resolveram abandonar a vida política, como se uma decisão desse naipe convencesse a população. Há nesse bastidor maranhense muito mais confusão do que a vão filosofia supõe, pois somente um irresponsável seria capaz de acreditar no talento (sic) de Edison Lobão Filho, o Edinho, para dar seguimento aos negócios do clã que reúne o que há de pior na política nacional.

Voltando ao caso de Pedrinhas, o governo federal parece ter reduzido drasticamente a importância do tema, o que significa ignorar não apenas a atuação do crime organizado nos presídios maranhense, mas principalmente em todo o estado, onde a criminalidade está em nível elevado.

Contudo, é estranho o silêncio quase obsequioso adotado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, depois de constatar a degradação que reina no presídio de Pedrinhas, um dos piores do País, de acordo com relatório da CPI do Sistema Carcerário, que funcionou na Câmara dos Deputados.

Cardozo, que certa vez disse, ao defender os “companheiros” flagrados no Mensalão do PT, que preferia morrer a cumprir pena em um presídio do País, já deveria ter se manifestado sobre a degradante situação que reina no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que conta com várias unidades prisionais. Além da superlotação, Pedrinhas é palco de torturas físicas e psicológicas, sem contar a falta de pessoal e de equipamentos. O complexo de tem atualmente mais de 2,2 mil presos, enquanto a capacidade é de 1.770 vagas, de acordo com dados do próprio governo do Maranhão.

Causa estranheza o fato de os governos federal e do Maranhão promoverem um enorme alarde para anunciar parceria com o objetivo de conter a violência no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, sendo que seis meses depois da pirotecnia oficial, que contou com discursos empolgados e Roseana e José Eduardo Cardozo, ninguém tocar no assunto. Tem algo de poder no reino bandoleiro de Sarney e companhia.

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