Chave de cadeia – Dilma Vana Rousseff, a presidente, abusa da desfaçatez ao negar os escândalos do seu desgoverno. O que mostra que a petista está cumprindo a promessa de seu antecessor, que apresentou-a ao eleitorado nacional como “garantia de continuidade”. E Dilma, provam os fatos, está dando sequência à lambança iniciada por Lula, o apedeuta lobista.
Depois do episódio da fraude que marcou alguns depoimentos na CPMI da Petrobras, em funcionamento no Senado Federal para investigar os escândalos na petroleira, Dilma disse que no Palácio do Planalto não existem especialistas em petróleo e gás, como se isso fosse explicação para a bandalheira que se instalou na estatal. Disse a presidente que especialistas no assunto existem, sim, na própria Petrobras.
Ora, Dilma sempre foi incensada por políticos aduladores como uma especialista em energia, principalmente em petróleo, o que não se comprovou com o derretimento financeiro que tomou conta dos cofres da Petrobras. Isso porque a estatal há muito é obrigada a importar gasolina para atender à demanda interna, revendendo o produto a preço subsidiado como forma de não impactar a inflação oficial. Esse processo que vem comprometendo as finanças da Petrobras é decorrente da genialidade (sic) de Lula, que decidiu empurrar os brasileiros para as concessionárias de automóveis. Afinal, no pensamento desses falsos gênios prolifera a tese de que país desenvolvido é aquele em que o pobre tem um carro na garagem, não aquele em que o rico usa o transporte público.
Deixando de lado o cipoal de sandices que movimenta o pensamento palaciano, passamos à pressão exercida pelo governo para que o Tribunal de Contas da União agisse em favor de Dilma e também da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ministros do TCU revelaram ao jornalista Gerson Camarotti que foram pressionados para não apenas defender Dilma no plenário do tribunal, durante julgamento do escândalo conhecido como Pasadenagate, mas também para adiar a decisão de bloquear os bens de Foster, o que em tese garantirá o ressarcimento, mesmo que parcial, do prejuízo de US$ 792 milhões gerado pela compra da obsoleta refinaria texana.
Como manobra emergencial, o ministro Benjamin Zymler acabou pedindo vistas ao processo, não sem antes contestar o valor do prejuízo produzido por Pasadena e que constava do relatório final sobre o escândalo. Diante da possibilidade de alguns ministros produzirem um voto em separado para responsabilizar Dilma Rousseff pelo inexplicável negócio, o ministro José Múcio Monteiro, que no segundo governo Lula comandou a Secretaria de Relações Institucionais, pilotou uma manobra para retirar o pedido de vistas de Zymler e, na sequência, aprovar o relatório, que em seu escopo traz a responsabilização de Maria das Graças Foster.
A compra da refinaria de Pasadena, um “ferro velho” superfaturado, é a ponta de um iceberg formado por lama e que emergiu no oceano de desmandos em que se transformou a Petrobras sob o manto do Partido dos Trabalhadores. Há muitos outros escândalos na seara da estatal que precisam ser investigados, sob pena de o prazo prescricional beneficiar os criminosos que passaram a gravitar na órbita da petroleira.
Vale lembrar que a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que desmontou o esquema criminoso comandado pelo doleiro Alberto Youssef, só foi possível porque o editor do ucho.info, juntamente com o empresário Hermes Magnus, ousou denunciar os crimes cometidos pela quadrilha liderada pelo então deputado federal José Janene, que só não foi condenado no processo do Mensalão do PT porque ao final do julgamento já estava morto. Essa teia de crimes prova as insistentes afirmações deste site sobre a relação de vários crimes cometidos por políticos, desde a chegada de Lula ao Palácio do Planalto.