Respeitável público – Se o Brasil fosse um circo de fato, Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda seria o dono da lona. Sua demissão antecipada, anunciada de forma chula pela candidata Dilma Rousseff, é fruto dos muitos desacertos que marcam a descontrolada economia nacional. Os números apontam na direção do reino luciferiano, mas Mantega insistem em afirmar que essa barafunda chamada Brasil é o endereço do paraíso.
Nesta quarta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que indústria brasileira teve redução de 0,7% no emprego em julho, na comparação com o mês anterior. Na comparação com julho de 2013, a queda foi de 3,6%, o mais intenso recuo desde novembro de 2009 (-3,7%). Isso significa que já são 34 meses de queda do emprego na indústria. Em 2014, o universo laboral do setor já acumula perda de 2,6%.
O IBGE informou ainda que, no índice acumulado no ano, o emprego industrial acumulou taxas negativas em treze dos quatorze locais e em quatorze dos dezoito setores investigados. São Paulo (-3,7%) apontou o principal impacto negativo, vindo a seguir Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-3,9%), Minas Gerais (-1,8%), Região Nordeste (-1,3%) e Rio de Janeiro (-1,9%). O instituto destacou, porém, que Pernambuco, com avanço de 1,1%, exerceu a única pressão positiva.
Setorialmente, apontam os dados do IBGE, as contribuições negativas mais relevantes vieram de produtos de metal (-6,7%), máquinas e equipamentos (-5,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,7%), calçados e couro (-7,7%), meios de transporte (-3,7%), produtos têxteis (-5,1%), refino de petróleo e produção de álcool (-8,3%), vestuário (-2,6%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,2%). Já os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (0,5%) e produtos químicos (1,9%).
Apesar da confiabilidade dos dados divulgados pelo IBGE, Mantega classificou como normal a queda do emprego industrial. “Nós temos uma rotatividade que é normal. Em alguns momentos é um pouco maior a saída em algum setor. Mas o que interessa é o saldo geral, que [indica que] o emprego continua aumentando e o nosso desemprego continua sendo um dos menores do mundo”, declarou o ministro.
Desde que passou a obedecer às ordens da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda não conseguiu obter sucesso em nenhuma das mais de duas dezenas de medidas de estímulo à economia. O que em algum momento alvejaria com força ainda maior o segmento produtivo nacional. Mesmo assim, Dilma e Mantega creem que os brasileiros estão atravessando fase pessimista.
Para contraditar as insanas declarações de Mantega, a avaliação do consumidor brasileiro sobre o mercado de trabalho, medida pelo Indicador Coincidente de Desemprego, da Fundação Getulio Vargas (FGV), piorou 5,8% na passagem de julho para agosto deste ano. Trata-se da quinta piora consecutiva do indicador.
De acordo com a FGV, o resultado mostra que, na percepção dos consumidores, as condições do mercado de trabalho pioraram no oitavo mês do ano. Entre as quatro faixas de renda pesquisadas ela FGV, a principal piora foi observada na segunda mais alta (entre R$ 4.800 e R$ 9.600): 7,7%.
Outro índice da FGV, o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), também mostrou resultado negativo em agosto. O indicador, que busca antecipar tendências do mercado de trabalho nos próximos meses, caiu 1,2%, o sexto recuo consecutivo e menor patamar desde maio de 2009.
O Iaemp é calculado com base na opinião de consumidores e empresários da indústria e do setor de serviços. A queda foi provocada principalmente pelo otimismo de empresários de serviços em relação à tendência dos negócios nos próximos seis meses (-5,9%) e pela opinião dos empresários da indústria em relação à situação dos negócios (-2%).
Não se deve descartar a possibilidade de Guido Mantega ter dado declarações sobre o emprego industrial naquele país que aparece nas propagandas do desgoverno da “companheira” Dilma Vana Rousseff, onde o sonho dourado é realidade a cada instante. Aqui no Brasil, país que esses despudorados que tomaram o poder sequer conhecem, a situação se agrava a cada dia, sem qualquer perspectiva de melhora no curto prazo.
Por enquanto, grande parte dos trabalhadores brasileiros está vivendo a situação indesejada em que o dinheiro acaba e o mês continua. No momento em que o salário não der o ar da graça com o mês começando, por certo os ratos estarão longe. Nesse momento o governo federal terá de abrir os cofres oficiais para custear o “seguro desemprego”.