Greve da Lufthansa em Munique provoca impacto maior do que o esperado

lufthansa_05Braços cruzados – Logo após ser deflagrada, a greve de pilotos da Lufthansa no aeroporto alemão de Munique provocava, na manhã desta quarta-feira (10) um impacto maior do que o previsto. Segundo uma porta-voz da companhia aérea alemã, 140 voos com passagem pela capital bávara foram cancelados, ao invés dos 110 inicialmente anunciados. A medida afeta mais de 15 mil passageiros e deve trazer prejuízos na casa dos milhões.

A paralisação teve início às 10 horas da manhã (horário local) e deverá se estender até as 18 horas. A Lufthansa informa que apenas os voos chegando a Munique ou partindo do aeroporto da cidade foram cancelados. Os trechos de longa distância devem ser mantidos.

Segundo a companhia, suas empresas subsidiárias – Swiss, Austrian e Germanwings – também continuarão a operar normalmente. A Lufthansa acredita ainda que não serão sentidos grandes efeitos da greve no aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha.

Para minimizar o impacto da paralisação, a Lufthansa elaborou um plano alternativo, redirecionando voos para outros terminais da companhia em cidades como Frankfurt, Zurique, Viena e Bruxelas. Passageiros cujos voos foram cancelados também teriam a possibilidade de remarcar ou estornar suas passagens sem nenhum custo adicional ou pegar trens dentro da Alemanha, afirmou a linha aérea. A Lufthansa disponibilizou ainda centenas de quartos de hotéis em Munique.

A paralisação desta quarta foi criticada pela direção da companhia, que a considera “extremamente irritante”, sobretudo para os clientes da Lufthansa. A greve coincide com o período de retorno as aulas no estado da Baviera e é a segunda greve de pilotos em menos de uma semana, e a terceira em quinze dias. A anterior, realizada na última sexta-feira em
Frankfurt, o terceiro maior aeroporto da Europa, provocou o cancelamento de 218 voos.

Por trás do conflito, está uma discussão sobre novas regras de aposentadoria antecipada que a Lufthansa quer implementar e que elevariam a idade mínima para 61 anos. Hoje, o afastamento é permitido aos 55. (Com agências internacionais)

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