Suspeita de fraude na Saúde é resultado de ineficiência e corrupção, marcas da era petista

hospital_08Máquina de confusões – A nova suspeita de fraude milionária no Ministério da Saúde envolvendo uma licitação é mais uma evidência de que a pasta atua sob a ordem da má conduta, ineficiência, baixa qualidade da gestão e, pior ainda, corrupção.

Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal realizou operação para busca e apreensão de documentos que confirmem a existência de falcatruas na concorrência no valor de R$ 34 milhões para locação de veículos destinados a atender a saúde indígena. A transação ocorreu durante a gestão do ex-ministro Alexandre Padilha e, por ter um valor superior a R$ 10 milhões, precisou da autorização do titular da pasta para ser realizada.

“As suspeitas de corrupção precisam ser investigadas. É necessário ir a fundo através do Ministério Público e dos órgãos de controle externo para que possamos desbaratar essas quadrilhas que atuam no Ministério da Saúde”, disse o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP).

O parlamentar tucano criticou ainda a tentativa do ex-ministro de se manter distante do episódio. “Não é porque o ministro tem ou não tem relação direta com o caso que ele pode lavar as mãos”, afirmou. “Ele é a pessoa mais interessada para poder abrir essas investigações e lutar para que elas possam acontecer. Não é certo ele fazer uma cara de paisagem e agir como se não fosse nada com ele”, acrescentou.

Quadro desolador

Principal preocupação da população, conforme constatou pesquisa do Instituto Datafolha em junho passado, a saúde pública não para de engrossar as estatísticas negativas do País. Nos últimos quatro anos, por exemplo, o Sistema Único de Saúde (SUS) desativou mais de 13 mil leitos em todo o Brasil. “Só na gestão Padilha foram 11.500 leitos fechados”, destacou o deputado do PSDB.

A medida contraria a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indica a oferta de três leitos para cada grupo de mil habitantes, e ignora o envelhecimento da população, fenômeno que começa a ser percebido no Brasil e exige uma rede de atendimento preparada.

O parlamentar do PSDB citou ainda a crise financeira enfrentada pelas unidades de saúde beneficentes, estados e municípios. “O Ministério da Saúde não reajustou a tabela que remunera os hospitais filantrópicos e as Santas Casas. E vem reduzindo o percentual da União no bolo que é somado com estados e municípios para fazer atendimento do Sistema Único de Saúde”.

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