Governador do RS, Tarso Genro pode ser o próximo a rechear o cardápio de derrotas políticas de Lula

tarso_genro_31Mais um – Maior perdedor nas eleições deste ano, Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula, quer colocar o Partido dos Trabalhadores no divã imediatamente. Isso se deve ao fato de que o partido teve um pífio desempenho em colégios eleitorais onde os “companheiros” imaginavam que a vitória seria uma barbada. O maior malogro petista foi em São Paulo, onde o candidato Alexandre Padilha terminou em terceiro lugar na corrida rumo ao Palácio dos Bandeirantes. Padilha, que abusou da arrogância durante a campanha, conseguiu 18,22% dos votos válidos, muito mais do que seus correligionários esperavam.

O fiasco apresenta-se ainda maior quando analisada a derrota de Dilma Rousseff no mais importante estado da federação. A presidente-candidata ficou em segundo lugar no maior colégio eleitoral do País, o que confirma a resistência dos paulistas em relação ao embuste petista. A situação foi mais grave em São Bernardo do Campo, onde Dilma também não venceu. No berço do sindicalismo nacional e reduto eleitoral de Lula, Dilma conseguiu a proeza de perder para o tucano Aécio Neves. Apenas para lembrar, o prefeito de São Bernardo do Campo é o petista Luiz Marinho, ex-sindicalista e coordenador da campanha de Dilma no estado.

Outras duas importantes derrotas de Lula ocorreram no Rio de Janeiro, no Paraná e no Distrito Federal. No Rio, o candidato petista naufragou em sua viagem rumo ao Palácio Guanabara, sede do Executivo fluminense. Ex-líder dos “caras pintadas” e senador pelo PT, Lindberg Farias terminou a disputa no quarto lugar, com míseros 10% dos votos válidos. Sempre lembrando que Lindberg só chegou ao Senado por ter boa estampa.

No Paraná a derrota não foi apenas de Lula, mas também de Dilma Rousseff. Na terra das araucárias, a senadora Gleisi Hoffmann, uma das maiores apostas do PT nas eleições deste ano, tropeçou em seu projeto de se instalar no Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense. Gleisi, do alto da sua arrogância, conseguiu míseros 14,87% dos votos válidos. Para quem um dia sonhou substituir a “companheira” Dilma no comando do País, Gleisi Hoffmann mostrou-se uma ode à incompetência. Vale lembrar que para turbinar a campanha o PT colocou Gleisi na chefia da Casa Civil, onde protagonizou lambanças das mais variadas.

No Distrito Federal o lobista Lula também contabilizou derrota. Governador do DF e protetor de primeira hora dos mensaleiros petistas que passaram uma temporada no Complexo Penitenciário da Papuda, Agnelo Queiroz conseguiu a proeza de não se reeleger. Pior do que a derrota foi terminar em terceiro lugar na disputa pelo Palácio Buriti, sede do governo local. Agnelo conseguiu arrancar das urnas 20,07% dos votos válidos.

Para quem pensava que o calvário político de Lula havia terminado, há mais surpresas nas próximas três semanas. Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro tentou a reeleição, mas terá de esperar mais alguns dias para saber se deve começar a limpar as gavetas do Palácio Piratini. Tarso terminou a disputa na segunda colocação, com 32,57% dos votos válidos. A disputa em segundo turno será com o peemedebista José Ivo Sartori, que chegou em primeiro com 40,40% dos votos.

Sartori aparecia em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mas na reta final acabou atropelando o petista Tarso Genro e a competente senadora Ana Amélia Lemos (PP), que durante semanas liderou a disputa. Antes de retornar ao Senado Federal, Ana Amélia, que teve 21,79% dos votos, já declarou apoio a Sartori. Isso significa que Tarso está a um passo de ser despejado do Palácio Piratini, para o desespero de Lula e Dilma.

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