Dilma diz que combate a corrupção, mas Rose Noronha continua leve e solta, menos linda

rosemary_noronha_03Papo furado – No debate presidencial realizado pela Band, na terça-feira (14), a petista Dilma Rousseff, quando questionada sobre a roubalheira na Petrobras, disse, sem qualquer sinal de rubor facial, “minha indignação é igual à indignação dos brasileiros”. Acontece que os brasileiros souberam somente em março passado da ciranda de corrupção que funcionava na estatal, por conta da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Dilma, ao contrário, sempre soube do esquema criminoso que existia em muitas das diretorias da empresa petrolífera.

Sempre ousada e não se incomodando com a mentira, a presidente-candidata foi além e falou em “minha investigação”, como se o atual governo, assim como os do antecessor, tivesse alguma disposição de acabar com a corrupção. Dilma nunca investigou coisa alguma e a Polícia Federal não se rende às ordens presidenciais, pois trata-se de uma polícia de Estado, não de governo.

Dilma tenta passar ao eleitor incauto a ideia de que seu governo é marcado pela retidão e pela intolerância com a corrupção. Fosse assim, a presidente teria determinado rigidez por parte da Polícia Federal na Operação Porto Seguro, que no final de 2012 desmontou um esquema criminoso de venda de pareceres de órgãos do governo federal. Em um dos vértices do banditismo estava ninguém menos que Rosemary Noronha, então chefe do escritório paulistano da Presidência da República e que se apresentava aos interlocutores interessados no esquema como namorada de Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula.

Rose, como é conhecida a amásia do ex-presidente nas coxias do petismo, não apenas faturou à vontade no esquema de venda de pareceres, como viajou diversas vezes com Lula ao exterior, como se fosse uma primeira-dama genérica. O que leva qualquer um a pensar que o avião presidencial foi transformado em palco de traições e estripulias, porque não dizer uma alcova com asas.

Desde a deflagração da Operação Porto Seguro, Lula reduziu drasticamente suas aparições públicas, pois temia ter de responder aos jornalistas sobre o escândalo e seu envolvimento com a Marquesa de Garanhuns. A situação ficou tão crítica, que certa vez, na Espanha, Lula foi obrigado a deixar o hotel em que estava hospedado pela porta dos fundos de uma lavanderia, apenas porque se acovardou diante da presença de repórteres e cinegrafistas.

A partir de então, Lula passou a escolher de forma minuciosa os convites que lhe foram enviados para eventos e outros “que tais”, pois ainda é grande medo do ex-presidente de ter de enfrentar uma situação constrangedora por causa da amante e dos muitos escândalos de corrupção dos seus dois governos, em especial o “Petrolão”, a bola da vez.

Fosse a xerife que anuncia ser, Dilma teria ordenado o aprofundamento da investigação sobre Rose Noronha e seus quadrilheiros, mas isso não aconteceu porque alguém na PF se rendeu à pressão exercida pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que cumpriu ordens palacianas. Em suma, Dilma, além de não mandar investigar, porque isso não lhe compete, é complacente com roubalheiras e desmandos outros.

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