Dilma esconde a dura realidade da economia e mente quando fala em soluções para a crise

dilma_rousseff_470Fio trocado – Quando discorre sobre as possíveis soluções para a crise que chacoalha a economia brasileira, Dilma Rousseff fala como se fosse uma candidata da oposição. Aécio Neves, candidato do PSDB, tem razão quando assim rotula sua adversária, que teve quatro anos para fazer algo em prol do País, mas nada fez e ainda quer um novo mandato.

Somente quem desconhece os mais básicos conceitos econômicos pode acreditar nas promessas de Dilma, totalmente infundadas. A presidente-candidata tem insistido na tese de que a crise que atravessa a economia verde-loura é reflexo do cenário internacional, mas esse discurso não combina com outra fala sua. A petista afirma que o seu governo, assim como o do antecessor, soube enfrentar a crise internacional sem qualquer consequência à sociedade, o que anula sua fala anterior. Ou seja, a atual crise econômica é decorrente de um governo incompetente e paralisado, que sequer soube investir os recursos previstos no orçamento federal. A única preocupação do Palácio do Planalto ao longo dos últimos anos foi fazer investimentos que garantissem votos da parcela incauta da população. Comportamento típico de modelos ditatoriais e populistas.

Os que acompanham o cotidiano da economia internacional sabem que para o Brasil o pior ainda está por vir. O dólar tem oscilado no intervalo de R$ 2,40 e R$ 2,50, o que compromete o combate à inflação, que sob a ótica oficial já superou o teto (6,5%) do programa de metas estabelecido pelo governo. Na seara da realidade, a inflação há muito deixou para trás o patamar de 20% ao ano, cenário que vem derretendo o salário do trabalhador.

A valorização da moeda norte-americana em tese deveria contribuir para as exportações brasileiras, mas na prática isso não deve acontecer por causa de um cenário antecipado pelo ucho.info. No mercado internacional caíram os preços das commodities, em especial as agrícolas, o que compromete as exportações. Fora isso, é grande os estoques globais de commodities agrícolas, como milho e soja. Como o Brasil, sob o manto do PT desaprendeu a exportar valor agregado, a crise econômica deve piorar de agora em diante.

A situação deve tornar-se ainda pior por conta da dificuldade da União Europeia de cumprir os compromissos assumidos na esteira das negociações da crise global. Enquanto isso, a economia norte-americana, colocada no patíbulo da culpa por Lula, começa a se recuperar, com a perspectiva de curto prazo de elevar as taxas de juro. O que novamente atrairá o dinheiro dos investidores internacionais.

Em outra ponta do imbroglio, Dilma tem enchido o peito repetidas vezes para falar sobre as conquistas dos trabalhadores, mas não há como tratar do assunto em um país em dois terços da população recebem menos de dois salários mínimos por mês. Ou seja, em média R$ 1,2 mil mensais. Com esse dinheiro consegue-se, na melhor das hipóteses, alugar um barraco na favela e comer mal e com muita moderação.

A grande questão, destacada pelo site com anos de antecedência, é que Dilma resolveu reajustar o salário mínimo por meio de decreto presidencial. Esse aumento, por decisão da presidente-candidata, está atrelado à variação da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior ao cálculo.

Para que o leitor compreenda a fórmula, como o crescimento do PIB em 2014 será próximo de zero, o aumento do salário mínimo de 2016 será equivalente à inflação do próximo ano. Isso significa que o aumento real do salário será próximo de zero, se o crescimento do PIB deste ano não for negativo. Como a inflação oficial não traduz a realidade dos preços praticados pelo mercado, o poder de compra do cidadão será reduzido drasticamente pela pouca inteligência da equipe econômica do governo. E não há como movimentar a economia sem dinheiro.

Apesar dessa preocupante conjunção de fatores, todos passíveis de comprovação, Dilma Vana Rousseff continua acreditando que é a pessoa mais preparada para cuidar do destino do Brasil e dos brasileiros. Quem acompanha os debates presidenciais sabe que trata-se de uma enorme mentira.

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