Dilma perdeu em SP e São Bernardo do Campo, mas imprensa se dedica à derrota de Aécio em MG

aecio_neves_14Parafuso solto – A eleição presidencial mal acabou e porção genuflexa da imprensa brasileira já começa a destilar sandices na área de análises políticas. Por decisão do PT, os jornalistas que criticam o governo são considerados golpistas, enquanto que aqueles que adulam os donos do poder são tratados como herdeiros de Aladim. Horas depois do anúncio oficial do resultado da eleição surgiram as primeiras bizarrices jornalísticas, como se a parcela pensante da sociedade não soubesse diferenciar a verdade dos fatos da missa encomenda.

Candidato derrotado na corrida ao Palácio do Planalto, o tucano Aécio Neves arrancou das urnas 51 milhões de votos, o que mostra que a sociedade brasileira exige mudanças urgentes, as quais certamente não acontecerão tão cedo, porque Dilma, a vencedora, é mais do mesmo. Quando Marina Silva, em 2010, conquistou aproximadamente 20 milhões de votos, não faltaram jornalistas de plantão para exaltar o feito. O mesmo aconteceu com a participação de Marina na eleição deste ano, quando, no primeiro turno, a então presidenciável do PSB recebeu os votos de 21 milhões de eleitores.

Agora, os mesmos jornalistas começam a plantar a ideia de que a derrota de Aécio Neves em Minas Gerais lhe trará dificuldades para liderar a oposição. Isso significa que para esses especialistas em política os 51 milhões de votos conseguidos por Aécio nada representam. É preciso saber de lado estão esses verdadeiros golpistas, pois é inimaginável que um candidato com tão expressiva votação não consiga aglutinar a oposição ao governo em torno do seu nome.

Que os grandes veículos de comunicação têm compromissos financeiros com funcionários e fornecedores todos sabem, mas não se pode violar a lógica e o bom senso apenas porque o governo mandou que assim fosse. O Brasil caminha a passos largos na direção de um regime totalitarista de esquerda, a exemplo do que vem derretendo a vizinha Venezuela, mas esses gênios do jornalismo nacional conseguem enxergar coisas em um cenário que é cristalino a partir dos números das urnas.

O ucho.info sempre foi acusado pelos ocupantes do poder, independentemente do partido, de fazer marcação cerrada ao governo central, mas é assim que exerce o jornalismo responsável e independente, mesmo que alguns leitores nos acusem de privilegiar essa ou aquela legenda.

Enquanto preveem dificuldades para Aécio Neves liderar a oposição, mesmo depois de ter conquistado a confiança de 51 milhões de brasileiros, esses jornalistas, sempre adulados pelo Palácio do Planalto, não conseguem enxergar a corrosão que toma conta do PT, algo revelado pelos números de muitas urnas eletrônicas.

Para que os nossos leitores compreendam a parcialidade dos recentes críticos do senador mineiro, a presidente Dilma Rousseff sofreu uma fragorosa derrota na cidade de São Paulo, tendo conquistado apenas 31,19% dos votos válidos, ao passo que o candidato tucano alcançou 63,81%. A situação do PT na capital paulista torna-se ainda pior quando considerado o fato de que a maior cidade brasileira é administrada pelo petista Fernando Haddad, outro incompetente que Lula conseguiu eleger.

Para contrapor os desvarios dos especialistas em política (muitos com graduação em renomadas faculdades internacionais de jornalismo) o desmonte petista ganhou força extra no domingo (26), dia da eleição. Em São Bernardo do Campo, reduto político de Lula, berço do sindicalismo nacional e cidade cujo prefeito, Luiz Marinho, coordenou a campanha de Dilma no estado, a candidata petista perdeu nos dois turnos da eleição presidencial. No segundo turno, Dilma conseguiu 44,11% dos votos, ao passo que Aécio conquistou 55,89%.

Resumindo, há algo de podre e devastador no reino de Dom Lula I, mas os amestrados jornalistas conseguem enxergar problemas apenas nos 51 milhões de votos conquistados por Aécio Neves. O ucho.info dedica-se ao jornalismo opinativo, sendo reconhecido por isso, mas não se incomoda com ataques de descontentes, pois a democracia se equilibra nas opiniões divergentes. Contudo, é inaceitável, também condenável, que alguém queira enxergar problema onde não existe, em clara tentativa de manipulação da opinião pública.

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