Petrobras: aumento da gasolina cobrirá parte do rombo deixado pela importação de combustíveis

combustivel_08Caixa de Pandora – Durante nove horas, a diretoria da Petrobras esteve reunida na terça-feira (4) para decidir sobre o aumento dos combustíveis (gasolina e diesel). Como sempre acontece quando petistas se juntam ao redor de uma mesa, nada foi decidido. O que se abe é que o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda), presidente do Conselho de Administração da empresa, deu sinal verde para a majoração dos preços dos produtos. Contudo, a Petrobras não informou de quanto será o aumento e nem quando isso ocorrerá.

Presidente da estatal, Maria das Graças Foster, ao deixar a sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro, disse em tom de ironia que “aumento de preço não se anuncia, pratica-se”. Ou seja, o governo petista de Dilma Rousseff, verdadeira usina de incompetência, quer pegar os donos de automóveis de surpresa. Enquanto o aumento dos combustíveis não é sacramentado, os palacianos avaliam o impacto da medida no cálculo da inflação oficial, medida pelo IPCA, que no acumulado de doze meses já ultrapassou o teto do programa de metas estabelecido pelo governo.

É importante destacar que o aumento dos preços dos combustíveis ocorre no momento em que no mercado internacional a cotação dos produtos derivados do petróleo está em queda. Como a Petrobras durante anos a fio foi obrigada a importar gasolina e vender o produto no mercado interno a preço subsidiado, como forma de atender à demanda e evitar a disparada da inflação, agora, na contramão do cenário global, tenta recuperar o prejuízo, que de janeiro de 2011 a julho de 2014 alcançou a incrível marca de R$ 60 bilhões.

Para que o leitor consiga avaliar o tamanho do prejuízo causado à Petrobras pela incompetência do governo central, no leilão do pré-sal, realizado em outubro de 2013, o bônus de assinatura pago pelo consórcio vencedor foi de R$ 15 bilhões. Isso significa que o rombo no caixa da estatal foi quatro vezes maior que o bônus de assinatura do leilão do pré-sal.

Em dezembro de 2008, logo após o então presidente Luiz Inácio da Silva ocupar os meios de comunicação para pedir aos brasileiros a elevação do consumo como forma de conter os efeitos da crise global, o ucho.info alertou para o perigo da medida, lembrando que em no máximo dez anos o País estaria enfrentando uma crise multidirecional, começando pelo setor de energia. Afinal, o fanfarrão Lula limitou-se a incentivar o consumismo, sem se preocupar com a demanda que surgiria a partir desse movimento irresponsável e descabido.

Com o incentivo tributário concedido a diversos setores da economia, em especial às montadoras, da noite para o dia as grandes cidades brasileiras passaram a contabilizar o aumento desmedido da frota de automóveis. Na esteira desse processo surgiu o aumento do consumo de combustíveis, que exigiu a importação de gasolina e diesel. Além de sangrar os cofres da Petrobras, a importação de combustíveis impactou negativamente na balança comercial do País.

Aos petistas que se instalaram no poder pouco importa a necessidade de planejamento que um país como o Brasil exige. O objetivo do partido é passar à sociedade a falsa sensação de melhoria de vida, deixando para depois as desastrosas consequências dos atos de um governo especialista em escândalos de corrupção.

O carrossel de corrupção que foi desmontado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, em março passado, sem dúvida é um escândalo sem precedentes e com todos os ingredientes para ser o maior da história nacional, mas o rombo no caixa da Petrobras decorrente da importação de combustíveis é muito maior e tão criminoso quanto. Acontece que a parcela incauta da sociedade, embalada pelos integrantes da chamada “esquerda caviar” e por setores míopes da imprensa, acabou reeleger Dilma Rousseff. Em outras palavras, prorrogou o caos por mais quatro anos. Enfim…

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