De acordo com um professor que sobreviveu ao atentado, o autor da ação suicida estava vestido com o uniforme do colégio secundário. A explosão aconteceu quando os alunos estavam reunidos pela manhã para ouvir o diretor antes do início do início das atividades.
“Os estudantes estavam concentrados para a reunião da manhã quando algo explodiu no meio deles, exatamente às 7h50 [hora local]”, declarou o professor, que preferiu permanecer anônimo.
Foi um dos piores atentados a uma escola da região, que segue o chamado currículo ocidental. Suspeita-se que o Boko Haram, grupo extremista islâmico, tenha sido o responsável pelo ataque.
O grupo terrorista islâmico Boko Haram (em língua hauçá: “a educação ocidental é pecado”) já realizou numerosos ataques contra escolas. Em fevereiro deste ano, homens armados abriram fogo e lançaram explosivos no dormitório de um internato em Buni Yadi, também no estado de Yobe, matando pelo menos 40 adolescentes.
Os extremistas do Boko Haram continuam mantendo como reféns mais de 200 meninas nigerianas, sequestradas há meses e que foram obrigadas a aderir ao Islamismo e a se casar com integrantes do grupo.
Yobe é um dos três estados do norte da Nigéria sob lei marcial há um ano e meio, devido à insurreição sangrenta do Boko Haram, que resultou em mais de 10 mil mortes nos últimos cinco anos. O grupo terrorista luta desde 2009 para criar um Estado islâmico no norte da Nigéria, majoritariamente muçulmano, em oposição ao sul, de maioria cristã. (Com agências internacionais)
