Sem explicar seu envolvimento no “Petrolão”, Gleisi tenta negar estelionato eleitoral de Dilma

gleisi_hoffmann_36Nó cego – Atolada no escândalo do “Petrolão” e acusada pelos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef de ter levado R$ 1 milhão desviados da Petrobras para sua campanha ao Senado em 2010, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) tentou defender a presidente Dilma Rousseff da acusação de estelionato eleitoral. A denúncia veio do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) que acusou a presidente de ter feito, após a eleição, tudo o que disse que a oposição faria se vencesse a corrida presidencial.

Dilma mentiu deslavadamente sobre a situação econômica do País para conseguir ser reeleita. Aplicou reajuste nos combustíveis, subiu a taxa básica de juro, escondeu estatísticas sobre o crescimento do desmatamento e da miséria. A presidente protagonizou um estelionato eleitoral para conseguir se reeleger, acusou o senador.

Com a costumeira mediocridade retórica e desconexão com a realidade, Gleisi tentou rebater as acusações do senador tucano. “Temos que respeitar a chefe da nação. As medidas tomadas por Dilma em nenhum momento contradizem suas ações de campanha. Não vejo base para vossa excelência vir aqui dizer que a presidente é uma mentirosa ou uma estelionatária”.

A defesa de Gleisi ao estelionato cometido por Dilma Rousseff ficaria bem mais crível se ela mesma conseguisse explicar as denúncias gravíssimas de que é alvo, feitas pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef de que recebeu R$ 1 milhão da ciranda de corrupção que funcionava na Petrobras. O dinheiro teria sido pedido a Paulo Roberto Costa pelo marido de Gleisi, o ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), e providenciado por Youssef.

O doleiro afirmou em sua delação premiada que deu R$ 1 milhão para a campanha de 2010 da ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, eleita senadora naquele ano. Alberto Youssef disse que o valor foi entregue a um empresário, dono de shopping em Curitiba (PR), em quatro parcelas, em dinheiro vivo: três no centro de compras e outra na casa dele, em um condomínio de alto padrão da capital paranaense.

Para encerrar a polêmica, Gleisi, com mais uma pérola de besteirol, sugeriu que a seca que assola São Paulo, a maior em mais de 80 anos, poderia ser resolvida por algum tipo de acerto político, segundo registra o Estadão. “Com todo o respeito, de nada adianta a gente ficar com ataques, estamos no momento de unir esforços. Temos que garantir o fim da seca em São Paulo”.

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