Ministra do Desenvolvimento Social terá de explicar na Câmara o aumento da miséria no Brasil

miseria_11Conta que não fecha – A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, comparecerá à Câmara dos Deputados no próximo dia 25 de novembro para prestar esclarecimentos sobre os resultados e o momento da divulgação do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que apontou aumento da miséria no Brasil em 2013. A divulgação da pesquisa, prevista para acontecer em outubro, foi adiada para após o segundo turno das eleições, causando o pedido de afastamento do diretor do instituto responsável pelo estudo. O convite à ministra decorreu de requerimento apresentado pelo líder do Democratas na Câmara, deputado federal Mendonça Filho (PE), à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e aprovado nesta quarta-feira (12).

Mendonça Filho disse que na próxima semana insistirá na aprovação do requerimento de convite ao presidente do IPEA, Sergei Soares, para tratar do mesmo tema durante audiência pública que ocorrerá em conjunto com as Comissões de Fiscalização e Trabalho. “Acredito que o governo não vai se furtar de trazer um debate técnico de um assunto tão importante”, disse o líder democrata.

“O assunto precisa ser debatido no parlamento já que o governo se vangloria do declínio da miséria no País. O estudo do IPEA mostrou que mais 370 mil pessoas passaram a viver na extrema pobreza. Esse triste número é consequência de uma política econômica desastrosa com inflação crescente que repercute diretamente na renda do povo”, ponderou. “Os sinais econômicos são muitos claros castigando com maior intensidade a camada mais pobre da população. E o governo preocupado em ampliar a maquiagem das contas públicas a exemplo da alteração da LDO enviada ao Congresso ontem que elimina a meta de superávit primário”, afirmou o líder democrata.

O aumento da miséria no País já era esperado, uma vez que a crise econômica avançou de forma preocupante nos últimos dois anos, alcançando brasileiros de todas as classes sociais, em especial os mais pobres, pois a inflação real vem diuturnamente dificultando a sobrevivência do cidadão. O anúncio do aumento da miséria antecedeu a decisão do governo federal de enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória que reduz a meta de superávit fiscal, o que comprova, mais uma vez, a incompetência que se instalou no Palácio do Planalto. Pode parecer mera coincidência um fato anteceder outro, mas não há como esperar resultados positivos quando um governo paralisado e mergulhado na corrupção não sabe como conduzir a economia em níveis minimamente satisfatórios.

Quando o ucho.info afirma que Dilma Rousseff sofre de mitomania, a esquerda verde-loura se rebela, dedicando-nos impropérios de toda ordem, mas é notória a incompetência que acompanha a presidente reeleita. No momento em que a equipe econômica do governo petista decidiu que o aumento do salário mínimo se daria por meio de decreto presidencial, com base em fórmula que mescla o índice da inflação com o índice de crescimento do PIB, este site não demorou a afirmar que a estratégia era burra e irresponsável, já que uma crise mais grave anularia o aumento real do ganho do trabalhador. Absurdo e ilógico, o plano do governo fez com que mais pessoas avançassem na direção do universo da pobreza. Sem contar que, de acordo com o IBGE, dois terços da população brasileira ganham menos de dois salários mínimos por mês.

Muito além de explicar o crescimento da miséria nacional, a ministra Tereza Campello precisa detalhar a fórmula usada pelo governo petista de Dilma Rousseff para criar a linha de corte que define os limites da miserabilidade, atualmente fixada em R$ 70 mensais como rendimento per capita. De igual modo, a ministra deve ser cobrada sobre a decisão do governo de fixar em R$ 144 a linha de corte da pobreza. A solução encontrada pelo desgoverno petista é tão pífia, que uma renda mensal de R$ 73, por exemplo, exclui o cidadão do universo da miséria e o insere no da pobreza. Como disse certa feita um conhecido e fanfarrão comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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