Modulando o discurso – Integrantes da cúpula petista não demoraram a perceber que críticas à indicação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda não fará com que a presidente da República mude de ideia. Até porque, se desistisse de manter a indicação Dilma estaria colocando a primeira pá de cal no seu segundo governo, algo que não precisa de muito esforço.
Diante da inocuidade dos protestos que marcaram o final de semana, os petistas decidiram mudar o discurso e agora tecem elogios a Joaquim Levy, lembrando que a política econômica será a de Dilma Vana Rousseff. Uma besteira sem tamanho, que serve apenas para evitar mais um fiasco do partido que cada dia mais afunda no escândalo de corrupção conhecido como Petrolão.
Secretário do Tesouro Nacional durante o primeiro governo de Luiz Inácio da Silva, o lobista, Levy é conhecido pela austeridade e principalmente por medidas ortodoxas. Foi na sua gestão à frente do tesouro Nacional que as contas públicas brasileiras tiveram o melhor resultado da história. Ou seja, Joaquim Levy não aceitaria o convite feito pela presidente para atuar como um fantoche de luxo, a exemplo do que faz o demitido Guido Mantega, que desde janeiro de 2011 não conseguiu emplacar uma só medida de estímulo à economia.
Como noticiou o UCHO.INFO em matéria anterior, os petistas perceberam que com Levy à frente do Ministério da Fazenda pode naufragar o projeto político do partido de ficar mais uma temporada no Palácio do Planalto depois de 2018. Isso porque Lula já está em campanha e uma política econômica dura, com metas difíceis de serem cumpridas, pode mostrar aos brasileiros que a era PT foi uma enxurrada de mentiras e armadilhas.
Não é preciso ser especialista para constatar que a economia brasileira cambaleia à beira do precipício e somente medidas radicais conseguirão reverter lentamente a crise. Não é de hoje que o UCHO.INFO afirma que recessão produzida pelo próprio governo é a única saída para mudar o cenário econômico atual, que só piora com o passar do tempo.
A grade questão é que recessão significa queda no consumo e aumento do desemprego, binômio que o governo de Dilma Rousseff prefere não pensar, pois tudo o que foi anunciado pelo partido até agora irá pelos ares. Fora isso, com o recuo do consumo a queda na arrecadação tributária é consequência primeira, considerada tragédia para um governo que gasta mais do que arrecada. Não obstante, a elevação do nível de desemprego, também reflexo do recuo do consumo, impactará as contas da Previdência Social e do seguro-desemprego.
Durante doze anos os petistas promoveram um sem fim de lambanças, o que permitiu o avanço de um projeto totalitarista de poder que começa a naufragar, mas agora o PT quer a todo custo seguir adiante, mesmo que para isso seja necessário endurecer o jogo e caminhar ainda mais na direção da esquerda. Os brasileiros de bem precisam estar atentos, pois tudo é possível quando o assunto é a manutenção do poder.