Calculadora de camelô – O Partido dos Trabalhadores prepara mais um embuste, desta vez no âmbito da reeleição da presidente Dilma Rousseff. O comitê da campanha petista informará ao Tribunal Superior eleitoral (TSE), ainda nesta terça-feira (25), gasto de R$ 318 milhões. O valor a ser declarado é 42% maior que os R$ 224,5 milhões (reajustados pelo IPC-A) gastos na primeira eleição de Dilma, em 2010.
Além dos R$ 318 milhões, o comitê da campanha de Dilma deve informar ao TSE despesas estimadas em cerca de R$ 32 milhões, referentes a gastos realizados por candidatos a governos estaduais, em cujos materiais propagandísticos a presidente reeleita também apareceu. Com isso, o custo oficial da campanha sobe para aproximadamente R$ 350 milhões.
O comitê de Dilma deve informar também que a arrecadação foi de R$ 169 mil acima do custo da campanha. O valor contabilizado pelo Partido dos Trabalhadores fica abaixo do último teto de despesas fixado, de R$ 383 milhões, mas acima da primeira previsão de gastos, de R$ 298 milhões.
De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, a campanha do senador Aécio Neves, que participou da corrida presidencial por coligação liderada pelo PSDB, custou R$ 216 milhões, contra arrecadação de R$ 201 milhões. Ou seja, a campanha tucana deixou um prejuízo oficial de R$ 15 milhões.
Com base na legislação atual, mentir não é crime, mas prestar falsas informações à Justiça é crime considerado grave. Quando esse tipo de crime é cometido por políticos, a punição deveria ser exemplar, mas não é isso que normalmente acontece, pois em cena entra o compadrio. Os comitês de campanha via de regra entregam ao TSE uma contabilidade maquiada para justificar gastos, que quase sempre coincidem com o valor arrecadado.
Contudo, o UCHO.INFO lembra que uma campanha à Presidência da República, nos moldes da protagonizada pro Dilma Rousseff, nem em sonho custa R$ 350 milhões. Na verdade, como sempre afirmamos, uma campanha presidencial com chance de sucesso no Brasil custa em média R$ 1 bilhão, aproximadamente US$ 400 milhões. Para que o leitor consiga avaliar a sandice que está sendo cometida pelos comitês dos candidatos que participaram da corrida presidencial, uma campanha para a prefeitura de São Paulo, com chances concretas de vitória, custa R$ 100 milhões.
