Pisando fundo – O governo sírio bombardeou a cidade de Raqqa, sob domínio dos extremistas do “Estado Islâmico” (EI), na terça-feira (25), deixando dezenas de mortos.
A cidade, no norte do país, tem sido alvo de ataques aéreos desde setembro, quando uma coalizão liderada pelos Estados Unidos começou a ofensiva para enfraquecer o grupo jihadista na Síria. O governo americano disse não ter ordenado ataques em Raqqa nas últimas 24 horas.
As informações sobre mortos são desencontradas. O Observatório de Direitos Humanos na Síria disse nesta quarta-feira que 95 pessoas morreram, sendo ao menos 52 delas civis. Outros ativistas estimam que haja mais de 100 vítimas fatais. Segundo relatos, os ataques atingiram um mercado e uma área industrial próxima à fronteira com o Iraque.
O “Estado Islâmico” domina a província de Raqqa, cuja cidade homônima é a capital, desde agosto, quando expulsou as últimas tropas do Exercito sírio e assumiu o controle de uma base aérea no local.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, viajou nesta quarta-feira para Moscou para buscar apoio da Rússia para a crise que atinge o país. O governo russo é considerado um dos maiores aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad.
De acordo com as Nações Unidas, 12,2 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária urgente na Síria. Mais de sete milhões de sírios estão deslocados no próprio país, e pouco mais de três milhões fugiram – o que representa a maior comunidade de refugiados no mundo em decorrência de conflitos.