Armando Monteiro foi conivente com os absurdos cometidos por Dilma na economia, mas será ministro

armando_monteiro_03Óleo de peroba – No começo de 2005, portanto quase dez anos atrás, o editor do UCHO.INFO alertou o governo do então presidente Luiz Inácio da Silva sobre os primeiro passos do processo de desindustrialização. À época, preocupados com o escândalo do Mensalão do PT, que por incompetência da oposição não terminou com o impeachment de Lula, os palacianos não deram importância ao alerta, pois a ordem era evitar a implosão do governo.

Com o setor fabril brasileiro vivendo um dos piores momentos da sua história, a presidente Dilma Rousseff resolveu mudar as regras do jogo que levou a economia nacional à beira do despenhadeiro da crise. Nesta segunda-feira (1), a presidente da República indicou o senador Armando Monteiro Neto (PTB), candidato derrotado ao governo de Pernambuco, para comandar, a partir de janeiro de 2015, o Ministério de Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior. Isso mostra que o próximo governo da petista Dilma também será fisiológico, pois há no mercado brasileiro um sem fim de profissionais competentes que poderiam assumir a pasta.

Após a indicação, Armando Monteiro Neto disse que a indústria tem um papel decisivo no crescimento do País. “O desafio central é promover a competitividade. O que significa reduzir custos sistêmicos e elevar a produtividade. A agenda da competitividade envolve várias áreas dentro do governo e demanda intensa articulação e coordenação. É papel primordial do Ministério do Desenvolvimento realizar essa tarefa. E colocar o tema da competitividade no centro da agenda política do País” disse o senador petebista, que na condição de integrante da base aliada ficou calado diante das trapalhadas de Dilma Rousseff. De tal modo mostra-se estranha a indicação de Monteiro Neto para o cargo.

De acordo com o futuro ministro, “crescer pela indústria é sempre o melhor caminho”. “Com criação de emprego, disseminação de conhecimento e geração de divisas. A revalorização do papel da industrial está sendo reconhecido em todo mundo, com definição de políticas industriais até mesmo em economias maduras”, destacou Armando Monteiro, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mas como integrante da genuflexa base aliada ficou calado diante das trapalhadas de Dilma Rousseff. O que mostra ser estranha a sua indicação para o cargo.

A situação econômica do Brasil é extremamente grave e não será com três dúzias de novos ministros que a realidade mudará, como se mágica fosse. O que Dilma Rousseff busca com essas indicações, em doses homeopáticas, é que a opinião pública esqueça a crise e a enxurrada de mentiras da campanha eleitoral, que apontava na direção de um país como o da fabulosa Alice, aquele das maravilhas. A presidente ocupa o principal cargo do País e, portanto, pode decidir o que desejar, só o que não lhe dá o direito de pensar que a parcela pensante da população aceitará esse “passa-moleque”.

O Brasil foi governado durante doze anos como se fosse um botequim de esquina, mas agora os petistas, temendo o derretimento do partido, começam a se mexer para evitar que a legenda desapareça no rastro dos atos inconsequentes e criminosos que emolduram um governo paralisado e corrupto. É importante que a sociedade esteja ciente de que para começar a reduzir o estrago será preciso o esforço de todos durante longos anos, possivelmente uma década. Para retomar o status anterior à era petista, o Brasil precisará de pelo menos cinquenta anos.

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