Boletim Focus, do BC, revela cenário econômico assustador e mostra que Dilma mentiu na campanha

crise_21Trem fantasma – Dilma Vana Rousseff, a presidente reeleita, disse durante a campanha que a crise econômica era fruto do pensamento dos pessimistas, aos quais a petista creditou a tese do “quanto pior, melhor”. Que Dilma mente de forma acintosa todos sabem, mas querer desfiar a realidade é caso para camisa de força. A presidente da República completou a lambança do antecessor, o lobista Lula, e conseguiu a proeza de arruinar a economia brasileira ao longo de quatro anos.

Contrariando as falsas profecias de Dilma, as projeções dos economistas para o crescimento da economia e para a inflação oficial pioraram na última semana. Consultados pelo Banco Central, como acontece semanalmente, os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País reduziram as expectativas em relação ao avanço do Produto Interno Bruto, o PIB, que caiu de 0,2% para 0,19%.

Caso seja confirmada essa projeção, será a menor expansão da economia desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Contudo, é importante destacar que apesar de todas as medidas adotadas pelo governo do PT, a economia brasileira pode fechar o ano com índice de crescimento nulo, considerando as apostas dos profissionais do mercado financeiro. Para 2015, a estimativa de expansão da economia recuou de 0,8% para 0,77%. Vale lembrar que 2009 foi o ano de maior gravidade da crise global e que Dilma sempre buscou no cenário internacional uma desculpa esfarrapada para a incompetência de um governo paralisado e corrupto.

Para completar o cenário de crise crescente, os economistas mantiveram em 6,43% a previsão para 2014 do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, há muito sem conseguir se afastar do teto (6,5% ao ano) do plano de metas fixado pelo governo. Para 2015, os profissionais do mercado financeiro elevaram o IPCA de 6,45% para 6,49%. No acumulado de doze meses, até outubro, o IPCA chegou à casa de 6,59%, ou seja, acima do teto da meta.

Em relação à taxa básica de juro, o mercado aposta em nova alta da Selic, que atualmente está em 11,25% ao ano e pode chegar a 11,5%. O Comitê de Política Monetária (Copom), a quem cabe decidir sobre a taxa básica de juro, reúne-se nesta semana (última reunião do ano) e deve elevar a taxa básica de juro em 0,25 ponto percentual. Para os especialistas, em 2015 a Selic deve fechar o ano em 12%, o que significa mais elevação da taxa de juro, situação que impacta sobremaneira na vida do cidadão.

No âmbito do mercado de câmbio, os analistas, de acordo com dados do Boletim Focus, preveem que em 2014 o dólar deve fechar o ano na casa de R$ 2,55, enquanto que em 2015 a previsão de cotação saltou de R$ 2,65 para R$ 2,67. Ou seja, o governo central terá mais dificuldades para manter a inflação oficial sob controle, uma vez que o câmbio continua sendo utilizado pela equipe econômica para segurar a rédea do mais temido fantasma da economia.

Na condição de cereja de um bolo absolutamente indigesto, o superávit da balança comercial não é dos mais animadores. Segundo os economistas, para 2014 a revisão caiu de US$ 100 milhões para saldo zero na última semana. Para 2015, a previsão de superávit da balança comercial recuou de US$ 6,5 bilhões para US$ 6,3 bilhões. Por enquanto é só o começo, pois quando o ano novo chegar a história será macabra.

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