Defesa do projeto que altera meta fiscal avança na seara do absurdo e transforma o Congresso em circo

henrique_fontana_07Espetáculo de enganação – Ultrapassaram os limites da coerência e do bom senso os discursos em defesa do PLN 36/2014, que anula a meta de superávit primário deste ano. Todos esses discursos descabidos, que sobraram na tarde desta quarta-feira no plenário da Câmara dos Deputados, onde acontece sessão conjunta do Congresso Nacional, foram vociferados por petistas obedientes e aliados inconsequentes. Sempre embalados pelos interesses pessoais, até porque na seara da política brasileira não há o sonhado “almoço de graça”.

Deputado federal pelo PT do Rio Grande do Sul, Henrique Fontana é mais um dos que abusaram do “non sense” ao defender o PLN 36, algo feito à sombra de informações que analisadas isoladamente parecem verdadeiras. Fontana disse que a política econômica do desgoverno de Dilma Rousseff é tão certeira, que pela primeira vez na história o País tem a menor taxa de desemprego (4,7%). Contudo, Henrique Fontana não revelou na gritaria que protagonizou no plenário da Câmara a dura realidade do mercado de trabalho nacional.

À esquerda verde-loura, que reza pela cartilha totalitarista e facinorosa de Havana, interessa a mão de obra ignara e desqualificada, sempre endividada, cheia de desejos e dependente cada vez mais do governo. Sem contar que esse contingente laboral é mais fácil de ser administrado como reses na fila do abate. Cenário ideal para implantar-se uma ditadura esquerdista. O governo brasileiro é tão irresponsável em relação ao mercado de trabalho, que o País chegou ao ponto de exportar gerentes e importar operários. Ou seja, os trabalhadores com qualificação mediana estão sendo absorvidos pelo mercado internacional. Por isso a taxa de desemprego é a menor da história.

Fontana também não informou aos que acompanharam a sua fala insana que há no País um enorme contingente de pessoas que, contempladas pelas esmolas oficiais, não querem trabalhar. Sem contar os que nem trabalham e nem estudam, os chamados “nem-nem”. Em outro ponto desse quadro há os brasileiros que desistiram de procurar emprego. E esses desistentes não entram na contabilidade dos desempregados.

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O deputado gaúcho também omitiu em seu discurso de encomenda, em que discorreu as supostas conquistas do governo bandoleiro do PT, que para ingressar no programa Bolsa Família estar desempregado ou em um subemprego é condição básica. Considerando os inscritos no programa do programa social do governo, que permite ao PT o controle e a expansão de um curral eleitoral, o Brasil tem nos dias atuais mais de 30 milhões de desempregados. Isso representa muito mais dos 4,7% de desempregados anunciados oficialmente com a devida fanfarra palaciana.

Voltando ao Bolsa Família… Se qualquer explicação técnica convincente, o Palácio do Planalto entende que o cidadão que recebe mais de R$ 72 mensais não encontra em situação de miséria, assim como os que recebem R$ 150 mensais já escaparam da seara da pobreza. Apenas a título de comparação, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) projetou como salário mínimo ideal para o mês de outubro a quantia de R$ 2.967,07.

O grande enigma do Bolsa Família, gazeteado com pompa e circunstância pelos palacianos, é que o programa tem porta de entrada, mas não de saída. Isso porque o governo não se preocupa em limitar o período de pagamento do benefício e muito menos em preparar o beneficiário para o mercado de trabalho. Ou seja, acolhe-se o necessitado no programa federal, mas não se dá ao cidadão a oportunidade de andar com as próprias pernas. E quanto essa esmola oficial se junta com o comodismo, não há quem convença o ser humano sobre a importância do trabalho honesto e digno.

Quando os adversários acusam o governo bolivariano de Dilma Rousseff de fomentar o ócio, a esquerda verde-loura entra em polvorosa, pois sabe que mudar as regras do jogo significa perder o chamado voto de cabresto. Esse universo eleitoral que nos últimos oito anos vem garantindo a vitória do PT nas urnas é formado por desempregados que se contentam com a esmola paga pelo governo sem a necessidade da contrapartida.

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