Esbirro de um governo corrupto, ministro da Justiça sai em defesa da presidente da saqueada Petrobras

jose_eduardo_23Pano quente – Ministro da Justiça, o petista José Eduardo Martins Cardozo rebateu as declarações de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, feitas durante evento alusivo ao Dia Internacional Contra a Corrupção, e defendeu a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Janot defendeu a imediata saída da direção da Petrobras, em virtude do quase interminável escândalo de corrupção que tomou conta da estatal e que veio à tona na esteira da Operação Lava-Jato.

A reação mais contundente do ministro da Justiça ocorreu após conversa com dirigentes da Petrobrás, quando o petista teve acesso a mais informações. Cardozo admitiu também que conversou com a presidente Dilma Rousseff antes da entrevista coletiva, mas disse que o assunto teria sido outro, não o escândalo que chacoalha a estatal.

“O governo tem uma posição muito clara sobre isso. Nós afirmamos e reafirmamos que não existem quaisquer indícios ou suspeitas que recaem sobre a pessoa da atual presidente Graça Foster e da atual direção”, disse Cardozo durante coletiva realizada no Ministério da Justiça.

“A posição do governo é que não há razão para que os atuais diretores sejam afastados. Não estou dando um recado, mas uma posição do governo a partir de uma sugestão do procurador-geral da República. Estou dizendo que não há indício contra a atual diretoria”, acrescentou o ministro. José Eduardo Cardozo afirmou, em várias ocasiões, que a direção da estatal tem colaborado com as investigações sobre possíveis irregularidades.

“A Petrobrás é uma das principais interessadas que tudo seja esclarecido. Todas as medidas vêm sendo tomadas pela diretoria da Petrobrás. Antes das denúncias, ela deu início ao programa de prevenção de corrupção. Após a eclosão das denúncias, a Petrobrás criou a diretoria de compliance. Além disso, o comitê de investimento foi reformulado para ter uma atuação melhor”, mencionou o ministro.

natal2014_01

O fato de os diretores da Petrobras colaborarem com as investigações não significa que sejam insuspeitos. Até porque, no mínimo esses dirigentes da empresa foram coniventes com a bandalheira que se instalou na petrolífera com a anuência explícita do governo do PT.

A bizarrice discursiva de Cardozo é tamanha, que ele chegou a dizer que servidores da Petrobras analisam a melhor maneira de recuperar o dinheiro desviado no vácuo do esquema de superfaturamento de contratos, sendo que o montante da roubalheira passa com folga os anunciados R$ 10 bilhões.

“Uma vez comprovado que recursos foram desviados, a Petrobras já terá a autorização da sua diretoria para que o seu jurídico tome as medidas corretas para ressarcir os cofres da estatal”, declarou o ministro. Cardozo mostra-se farsante ao duvidar do desvio de dinheiro, uma vez que sabe que a estatal foi saqueada para alimentar o caixa de partidos políticos, inclusive o PT.

A ordem no Palácio do Planalto é não medir esforços para blindar a presidente Dilma Rousseff e salvar o Partido dos Trabalhadores, que afunda cada vez mais na lama do Petrolão. Querer evitar que Dilma seja alcançada pelas investigações é um direito do governo e do próprio partido, mas não há como impedir que a realidade dos fatos atinja a chefe do Executivo, que à época da compra da obsoleta e superfaturada refinaria de Pasadena (Texas) presidia o Conselho de Administração da Petrobras.

Fosse o Brasil um país minimamente sério e livre desse bolivarianismo boquirroto que pulula em todas as instâncias do poder, Dilma já teria sido afastada da presidência, Lula estaria preso e o PT devidamente varrido da política nacional. Afinal, o Petrolão aconteceu de forma deliberada na estatal porque os atuais ocupantes do Palácio do Planalto concordaram com a ação criminosa.

apoio_04