Dilma Rousseff comprou a aprovação da criminosa manobra fiscal, mas conta será paga pelos brasileiros

dilma_rousseff_458Balcão de negócios – Como esperado, o Congresso Nacional concluiu, na terça-feira (9), a votação do PLN 36/2014, que modifica a Lei de Diretrizes Orçamentárias, anula a meta de superávit primário de 2014 e ajuda Dilma Rousseff, a presidente reeleita, a limpar a cena do crime, até porque a mandatária não cumpriu o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Apesar do esforço da oposição, que até o final lutou contra um governo incompetente e corrupto, a maioria comprada do governo garantiu a vitória por antecipação, mesmo com alguns parlamentares jogando contra o Palácio do Planalto.

Como se não bastasse o fato de o governo ter gasto muito além do valor arrecadado em impostos e taxas, a presidente Dilma Rousseff pagou caro pela aprovação do projeto que lhe tira da mira da Lei do Impeachment. A presidente precisou negociar intensamente nos bastidores do poder com os partidos da chamada base aliada, que deixou a aprovação de um destaque do PLN para ser decidida na sessão de terça-feira.

Entre os partidos que forçaram o escambo e acabaram beneficiados por mais uma ação truculenta do governo está o PMDB, que conseguiu emplacar ministros no novo governo petista, além de manter alguns dos atuais assessores da presidente. Essa manobra coloca o Brasil, mais uma vez, diante de uma realidade pífia e que contempla o fisiologismo em detrimento das necessidades prementes de um país paralisado e corroído pela bandalheira política.

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Enquanto Dilma tenta se desvencilhar da lama do Petrolão e Michel Temer cumpre agenda oficial no México, os estafetas palacianos trataram de cuidar do “toma lá, dá cá”. De tal modo, com a promessa de que o PLN 36 seria finalmente aprovado, ficou defino que o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) assumirá o Ministério das Cidades, ao passo que o líder do governo no Senado Federal, Eduardo Braga (PMDB-AM) comandará a pasta de Minas e Energia. Quem conhece as entranhas dos currículos de ambos sabe o que o Brasil pode esperar.

Derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), será o próximo ministro da Integração Nacional. Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco (PMDB-RJ) será mantido no cargo, enquanto o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS) também deve ser indicado para um dos 39 ministérios do desgoverno de Dilma Rousseff.

Engana-se quem pensa que o PMDB ficou satisfeito com a primeira parte da negociação. Cada vez mais ávido por cargos no primeiro escalão, o PMDB também Além de Eduardo Braga em Minas e Energia, o PMDB do Senado emplacou Kátia Abreu na Agricultura. Uma sexta vaga na Esplanada dos Ministérios é alvo de disputa, pois Renan Calheiros trabalha para manter o atual ministro do Turismo, Vinícius Lage, mas a bancada quer ver o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) à frente da pasta.

Considerando que os indicados aos ministérios acima citados não são especialistas nos respectivos assuntos, pode-se concluir que o Brasil, como sempre, será refém de um grupo de interesseiros contumazes e nada republicanos, ao mesmo tempo em que o contribuinte pagará com o atraso da nação essa negociata feita entre políticos velhacos.

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