Fazendo figa – Ao contrário do que esperavam os executivos de empreiteiras presos durante a Operação Juízo Final, sétima etapa da Operação Lava-Jato, o réveillon deste ano também será na carceragem da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Assim como ocorreu no Natal, os presos terão de permanecer nas celas, pois nessa época do ano os agentes da PF trabalham em esquema de plantão, o que impede a livre circulação na carceragem.
Os executivos que integram o chamado “Bando da Argamassa”, como é conhecido o grupo de bandoleiros que participaram do assalto aos cofres da Petrobras, despejaram verdadeiras fortunas nas contas bancárias de renomados criminalistas na esperança de que passariam as festas de final de ano em casa e com a família. Nenhuma estratégia dos advogados funcionou e os presos estão descontentes e irritados com a fracassada atuação dos defensores. Alguns dos criminalistas cobraram R$ 6 milhões para atuar apenas na fase policial da Operação Lava-Jato. A cifra confirma maios uma vez que a liberdade não tem preço.
Com os pedidos de habeas corpus sendo rechaçados pelo Judiciário, os presos na Juízo Final agora aposta na tese defendida pelos advogados de contesta a legalidade das provas colhidas durante a Operação Lava-Jato, assim como ocorreu na Operação Satiagraha, também da Polícia Federal, que teve no foco um conhecido banqueiro oportunista, cujo nome o UCHO.INFO e seu editor não podem citar sob pena de multa diária no valor de R$ 5 mil. A decisão, que restabelece a censura no País, foi da Justiça do Rio de Janeiro.
Como antecipou o UCHO.INFO com a costumeira exclusividade, as empreiteiras tentaram, sem sucesso, negociar com o Ministério Público Federal um acordo coletivo de leniência, ideia que estava sob o comando do finado Márcio Thomaz Bastos, então coordenador dos criminalistas que atuam na defesa dos executivos presos. O MPF rechaçou a proposta e os presos passaram a buscar alternativas para reconquistar a liberdade, o que não deve acontecer tão cedo. Este site acredita que os executivos presos podem ser condenados antes da revogação da prisão preventiva.
A estratégia do momento da empreiteira Camargo Corrêa é retomar a possibilidade de avançar na tese da leniência, situação que no caso de pessoas jurídicas equivale a um acordo de delação premiada. A grande questão é que se a manobra vingar apenas as primeiras empreiteiras serão beneficiadas, uma vez que os todas as empresas envolvidas no Petrolão têm conhecimento dos mesmos crimes. Ou seja, muitos dos executivos podem não sair da cadeia nos próximos anos.
A negociação que vem sendo conduzida pelos advogados da Camargo Corrêa tem tirado o sono dos frequentadores do Palácio do Planalto, pois na esteira de eventual admissibilidade de leniência despencarão no olho do furacão os bastidores da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras estão a cargo da empreiteira. Isso significa que todas as falcatruas relacionadas à obra da refinaria pernambucana virão à tona, o que complica sobremaneira o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o agora lobista Lula.