Bandeira branca – A Autoridade Palestina quer submeter ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça (30) ou quarta-feira (31), a resolução que pede a conclusão de um acordo de paz com Israel no período de um ano e a liberação dos territórios ocupados até o fim de 2017. Contudo, o calendário poderia ser modificado. “Tudo é possível”, disse a embaixadora da Jordânia, Dina Kawar, única representante de um país árabe no Conselho de Segurança.
Todas as 22 delegações árabes da ONU apoiaram o texto, rejeitado por Israel e pelos Estados Unidos. Vários diplomatas ocidentais se mostraram surpresos com o impulso repentino da diplomacia palestina. Levando em consideração a oposição dos EUA, a resolução deve ser reprovada.
A se confirmar esse prognóstico, uma das zonas de maior conflito do planeta continuará vivendo sob o manto da intolerância e da discórdia, apenas porque os interesses políticos de parte a parte são maiores do que o desejo dos cidadãos da região.
Jerusalém, capital do Estado palestino
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Zeidan Abbas, revelou as suas intenções ao secretário de Estado norte-americano, John Kerry, em conversa telefônica. De acordo com a agência de notícias Reuters, o projeto pede a retomada das negociações com base nas fronteiras de 1967, antes de Israel ocupar Jerusalém oriental, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
A resolução apresenta Jerusalém oriental como a capital do futuro Estado Palestino, enquanto que a primeira versão do texto, apresentada pela Jordânia em 17 de dezembro, propunha que a cidade fosse uma capital comum dos israelenses e dos palestinos. O projeto pede ainda a presença de “uma terceira parte” para supervisionar a retirada de Israel e garantir a soberania palestina. (Com Radio France Internationale)