Inflação ao consumidor encerra 2014 em 6,87% e luz vermelha da crise brasileira é acionada

inflacao_19Bomba-relógio – Quando o UCHO.INFO afirma que o governo petista de Dilma Van Rousseff é incompetente e paralisado, não o faz por questões ideológicas, mas, sim, na esteira da constatação dos fatos. Desde que passou a ocupar o principal gabinete do Palácio do Planalto, em 1º de janeiro de 2011, Dilma sempre deu a última palavra em questões de economia e empurrou o Brasil na direção do precipício da crise.

Durante os últimos quatro anos, Dilma usou o então ministro Guido Mantega (Fazenda) para tentar emplacar mais de dúzias de medidas de estímulo à economia, sem que ao menos uma tivesse dado qualquer resultado. Equívocos e desculpas se mesclaram nesse período, fazendo com que a população pagasse caro pela teimosia e incompetência de Dilma e seus sequazes.

Por conta desse orgulho míope e burro, a inflação oficial avançou, enquanto que a real, aquele que açoita o cidadão diuturnamente, disparou de forma a deixar para trás a casa de 20% ao ano. Os integrantes do governo, que desconhecem os preços do cotidiano, negam essa realidade, mas só quem convive com o fantasma do fim do salário e a continuidade do mês é que sabe o que isso significa.

Nesta segunda-feira (5), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dados que mostram que o Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S), que mede a inflação no varejo, fechou 2014 em 6,87%. No fechamento de dezembro, o indicador ficou em 0,75%, quase a mesma taxa registrada na apuração anterior.

O fator que mais influenciou a majoração do IPC-S em 2014 surgiu na esteira das refeições em bares e restaurantes, com alta de 8,84%. As tarifas de eletricidade residencial e o aluguel residencial também pesaram, com altas de 14,74% e 7,74%, respectivamente.

Das oito classes de despesa usadas pela FGV no cálculo do IPC-S, cinco registraram avanços menores, com destaque para o grupo habitação (de 0,8% para 0,7%). A alta da tarifa de eletricidade residencial passou de 3,24% para 2,65%.

Comportamento idêntico foi constatado nos grupos educação, leitura e recreação (de 1,19% para 0,89%); transportes (de 0,73% para 0,66%); comunicação (de 0,58% para 0,49%); e despesas diversas (de 0,21% para 0,2%).

No contraponto, subiram os preços de alimentação (de 0,85% para 1,06%) e vestuário (0,62% para 0,72%). O grupo saúde e cuidados pessoais manteve variação de 0,52%.

Cabeça dura

Dilma é filiada a um partido que deveria defender os interesses dos trabalhadores, mas há muito a legenda deixou para trás a ideologia dos primórdios, passando a um comportamento elitista típico da direita. Essa realidade pode ser constada mais uma vez na decisão da presidente da República de desautorizar o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que anunciara uma mudança no cálculo do salário mínimo para o período 2016-2019.

Por mais que Dilma tenha acenado com mudanças no novo governo desde o período da campanha, que prometeu aos eleitores o que muitos sabem ser impossível de cumprir, os próximos quatro anos serão de continuidade das lambanças e das dificuldades do quadriênio anterior, período em que prevaleceu na economia os desejos obtusos e covarde da presidente, uma economista incompetente e autoritária.

Apesar desse cenário, Dilma insiste em balbuciar afirmações que não encontram respaldo na realidade dos números, que cada vez mais revelam uma crise que só faz crescer, sem que os palacianos reconheçam o erro e mudem os rumos da economia. A continuar assim, em breve o Brasil estará vivendo situação que combina a triste realidade argentina com a absurda crise venezuelana.

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