SP se prepara para protesto contra alta nas tarifas de transporte, fruto da política econômica de Dilma

onibus_08Miopia de ocasião – Quando chegou ao poder central, a reboque da eleição de Luiz Inácio da Silva, o PT ousou gazetear pelos quatro cantos do planeta que a solução da humanidade estava no esquerdismo boquirroto defendido por algumas dúzias de malandros viciados nas benesses do capitalismo. O que explica a tese de que nada pode ser mais direitista do que um representante da esquerda no poder.

A estratégia esquerdista se vale do discurso mentiroso de que nenhuma ideologia é capaz de resgatar a dignidade do cidadão exceto o socialismo. Considerando que contra fatos inexistem argumentos, o melhor a se fazer é acompanhar a realidade para desmistificar esse cipoal de sandices vociferadas por representantes da esquerda. Até porque, essa ou aquela ideologia não é senha de acesso para uma suposta usina de mágicas ou dá direito a varinhas de condão.

No Brasil, que caminha a passos largos rumo ao bolivarianismo, que em pouco mais de uma década derreteu a vizinha e combalida Venezuela, a situação não é diferente. Esquerdistas tentam vender a ideia de que são a derradeira salvação do universo e que o Brasil é versão tropical do País de Alice, aquele das maravilhas, mas a sequência dos fatos mostra exatamente o contrário.

Não bastasse ter capitaneado o período mais corrupto da história nacional, Lula, agora um bem sucedido lobista de empreiteira, elegeu Dilma Rousseff no rastro do embuste de que a petista era a garantia da continuidade, uma espécie de “gerentona”. O tempo passou e provou que o ex-metalúrgico estava certo: Dilma gerenciou a corrupção com competência e conseguiu dar continuidade à lambança que marcou os mandatos do seu antecessor.

Como se fosse pouco o estrago provocado pela onda de corrupção que varre o País, Dilma conseguiu a proeza de ressuscitar a inflação, que nos últimos quatro anos vem corroendo de forma paulatina o salário do trabalhador, que mergulhado em dívidas já reduziu sobremaneira o consumo. Quando o mais temido fantasma d economia, a inflação, mostra resistência, não há como abandonar o reajuste de preços, até porque ninguém madruga para perder dinheiro.

Foi com base na inflação dos últimos anos que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), decidiram aumentar as tarifas do transporte público. Desde a última terça-feira (6), as passagens de ônibus, metrô e trens custam R$ 3,50,contra R$ 3 cobrados anteriormente.

Por conta desse inevitável aumento, o Movimento Passe Livre (MPL), fomentado pela esquerda festiva, agendou para esta sexta-feira (9) um protesto na cidade de São Paulo contra a majoração das tarifas dos transportes. Como se a inflação dos últimos anos não devesse ser levada em consideração. No caso dos ônibus, a tarifa não subia desde 2001, enquanto que a de metrô e trens desde 2012.

O UCHO.INFO defende o direito à manifestação, desde que de maneira ordeira e responsável, que não é o forte do MPL, mas no caso em questão os protestos deveriam ocorrer diante do Palácio do Planalto, pois é da presidente Dilma Rousseff a responsabilidade por todos os recentes aumentos de preços e tarifas. Tivesse humildade suficiente para reconhecer o enorme fracasso do seu primeiro governo, Dilma teria contatado as lideranças do MPL, que um dia foram recebidas em audiência no Palácio do Planalto, para evitar mais uma manifestação que por certo terminará em vandalismo e destruição dos patrimônios público e privado.

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