Dilma Rousseff “fugiu” do Fórum de Davos para não ser obrigada a discutir combate ao terrorismo

dilma_rousseff_497Grande escapada – Deixar de participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), é um dos pecados que qualquer chefe de Estado ou de governo pode cometer. A reeleita Dilma Rousseff havia confirmado presença na 45ª edição do evento que começa na quarta-feira (21), na charmosa e bucólica cidade encravada nos Alpes Suíços, mas acabou cancelando a viagem. O Brasil será representado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que viajou para Davos na noite de segunda-feira (19).

Há algumas semanas, Dilma pretendia participar do Fórum de Davos para tentar resgatar a confiança dos investidores internacionais, assustados com os solavancos da economia brasileira. A decisão da presidente estava coberta de lógica, até porque em meio a uma crise persistente o que o Brasil mais precisa é de investimentos não especulativos, mas em produção e infraestrutura.

O tempo passou e Dilma descobriu que precisava de alguma desculpa para não ir a Davos, onde seria duramente cobrada por causa do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história nacional. Com a Petrobras, alvo de uma quadrilha organizada que agia com o consentimento do Palácio do Planalto, transformada em alvo de inúmeras ações judiciais nos Estados Unidos em decorrência dos milionários prejuízos causados aos que compraram ações da petroleira, Dilma começou a planejar a sua não participação no Fórum Econômico.

A primeira desculpa oficial que surgiu, sem convencer, foi que Dilma participaria da posse do reeleito Evo Morales, presidente da Bolívia que tornou-se refém dos traficantes locais de cocaína. A presidente justificou sua decisão alegando que precisava corresponder à participação do colega boliviano na cerimônia que marcou o início de seu segundo governo.

Mesmo avançando na seara do absurdo, a desculpa oficial anunciada pelo Palácio do Planalto não gerou maiores desconfianças entre os brasileiros, mas serviu de motivo para galhofas de todos os naipes. Até porque, Dilma e Morales rezam pela mesma cartilha, a do malfadado Foro de São Paulo, movimento que reúne a chicaneira e utópica esquerda latino-americana.

Com o assunto caindo no esquecimento, como sempre acontece nessa barafunda chamada Brasil, Dilma não contava com o atentado ao jornal satírico parisiense Charlie Hebdo, que movimentou os principais líderes globais em uma cruzada contra o terrorismo. Com as ruidosas reticências dos atentados de Paris, ocorridos em 7 e 8 de janeiro, e a escalada da violência a partir de organizações jihadistas, a organização do Fórum Econômico Mundial inseriu no cardápio do evento uma intensa discussão sobre terrorismo. E Dilma Rousseff – a companheira de armas Wanda, Estela, Patrícia, Luiza – não é pessoa mais indicada para falar sobre medidas de combate ao terrorismo.

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