Que Dilma não passa confiança todos sabem, mas é uma aberração deixar de participar de um encontro com a importância do Fórum de Davos para estar ao lado do líder dos plantadores de coca. Dilma alegou que precisava retribuir a gentileza de Morales, que esteve em Brasília na cerimônia de posse da presidente reeleita, mas Morales enxerga o Brasil como principal reduto de negócio daqueles que o sustentam politicamente: os barões bolivianos da cocaína.
Evo Morales só iniciou um novo governo porque desrespeitou a Constituição boliviana e alterou a lei de forma a lhe garantir um mandato extra. Isso se deu porque Morales tornou-se refém dos produtores de cocaína, que sob o seu comando elevaram a produção de pasta base de 50 toneladas para 300 toneladas anuais. Enquanto isso, o Brasil torra verdadeiras fortunas para conter os efeitos colaterais do tráfico de drogas.
É importante lembrar que a maior parte da cocaína produzida na Bolívia é consumida no Brasil, sendo que o restante da droga passa pelo território verde-louro antes de chegar a outros países onde a dependência química continua dizimando legiões de jovens.
A ingerência dos chefões da “indústria” de cocaína no Estado venezuelano é tamanha, que os três Poderes estão sob a batuta dos produtores da droga locais, a ponto de imporem decisões que, em tese, deveriam seguir a legislação do país. Aparentando viver sob o manto do Estado Democrático de Direito, a Bolívia há muito recepcionou líderes das principais facções criminosas que agem a partir dos presídios brasileiros.
Tendo o tráfico de drogas como fonte de financiamento, esses grupos criminosos passaram a operar diretamente no país vizinho, eliminando uma etapa no processo de comrpa de cocaína e reduzindo o custo do negócio. Para provar que a ousadia no mundo do crime não tem fronteiras, essas facções contam com os serviços de autoridades da Bolívia que representam oficialmente o governo de Evo Morales em terras brasileiras.
Há dias, Dilma Rousseff distribuiu nota à imprensa na qual informava ter ficado consternada com a execução do brasileiro Marco Archer Moreira, condenado à morte pela Justiça da Indonésia por tráfico de drogas. Archer Moreira desembarcou em Jacarta com 13 quilos de cocaína escondidos na tubulação de uma asa delta.
Se de fato a presidente Dilma ficou irritada com a irredutibilidade do presidente indonésio, Joko Widodo, que negou o pedido de clemência feito pela petista, e chocada com a execução do traficante, a viagem à Bolívia, nesta quinta-feira (22), foi uma excelente oportunidade para discutir com Morales estratégias de combate ao tráfico de drogas. Isso não acontecerá nos próximos quatro anos, pelo menos, pois Evo Morales é um fantoche controlado pelos principais produtores bolivianos de cocaína.
Fora isso, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as FARC, dependem do tráfico de trocas para existir, uma vez que o sequestro de autoridades já saiu de moda e não rende tanto dinheiro como antes. Considerando que as FARC integram o malfadado Foro de São Paulo, grupo que congrega os esquerdistas latino-americanos, os brasileiros continuarão sendo corroídos pelo tráfico de drogas, como cocaína e crack. Para a alegria de Evo Morales e seu bando.