Envolvimento de Gleisi e Paulo Bernardo no Petrolão leva Dilma a se afastar do casal

gleisi_hoffmann_11Energia negativa – O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o “irrevogável”, já avisou a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT), sua antecessora no cargo, a impossibilidade de a petista ocupar a liderança do Governo no Senado Federal a partir de 1º de fevereiro. Atualmente, o cargo está com Humberto Costa (PT-PE), que acumula a liderança do Partido dos Trabalhadores na Casa legislativa. No caso de Costa não permanecer no posto, a preferência do Palácio do Planalto recai sobre os peemedebistas Romero Jucá (RR) e Eunício de Oliveira (CE). De quebra, para reforçar o calvário político, Gleisi também terá de dar adeus deve à liderança do PT no Senado.

O nome de Gleisi, assim como o de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Comunicações), foi envolvido no escândalo do Petrolão pelos delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e Alberto Youssef, o doleiro da Operação Lava-Jato. A possibilidade de a situação da senadora, e também do marido, se agravar é alta. O envolvimento do casal no maior escandalo de corrupção da história nacional, que derreteu os cofres da Petrobras, foi determinante para que Paulo Bernardo fosse apeado da equipe ministerial o ministério e para que Gleisi ficasse longe de cargos de liderança no Senado.

A carreira de Gleisi Hoffmann vem enfrentando uma continua maré vazante. Em 2010, a petista elegeu-se senadora com uma votação expressiva e era considerada a maior esperança do PT para conquista o governo do Paraná. Em junho de 2011, Gleisi assumiu a chefia da Casa Civil da Presidência, onde demonstrou o seu conhecido despreparo. Em 2012, a então ministra nomeou o “companheiro” Eduardo Gaievski para comandar as políticas do governo federal voltadas a crianças e adolescentes. Gaievski, um perigoso pedófilo, foi preso em 2013 depois que a polícia fez buscas inclusive no Palácio do Planalto na tentativa de capturar o “Monstro da Casa Civil”.

Gaievski já foi condenado a 52 anos de prisão (pode pegar até 350 anos) e Gleisi jamais conseguiu explicar de forma satisfatória como um criminoso hediondo, que abusava de crianças pobres e dono de extensa ficha policial, conseguiu ser contratado para trabalhar a poucos metros da presidente da República.

Em outubro passado, dando sequência ao inferno astral, Gleisi Hoffmann foi acusada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras de ter recebido R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010. A denúncia foi confirmada pelo doleiro Alberto Youssef, que detalhou a entrega do dinheiro desviado da Petrobras. Na campanha ao governo do Paraná, em 2014, Gleisi viu evaporar o aludido entusiasmo petista e acabou em terceiro lugar na corrida ao palácio Iguaçu, com apenas 14% dos votos válidos.

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