Efeito pipoca – Ao menos nove pessoas, entre elas cinco estrangeiros, morreram nesta terça-feira (27) em atentado perpetrado por três homens em um hotel de Trípoli frequentado por autoridades e delegações estrangeiras. Uma facção filiada ao grupo ultrarradical Estado islâmico reivindicou o ataque.
De acordo com o porta-voz das forças de segurança líbias, Mahmoud Hamza, três homens explodiram um carro-bomba diante do hotel de luxo Corinthia, na capital Trípoli. Perseguidos, os extremistas entraram no local, disparando contra clientes. No 24° andar do edifício, os extremistas detonaram cintos explosivos e se suicidaram.
Três seguranças do Corinthia morreram na explosão do carro-bomba. Os cinco estrangeiros mortos no ataque, entre eles duas mulheres, foram abatidos a tiros. A sexta vítima foi tomada como refém durante a perseguição e morreu com os extremistas na última explosão.
Outras cinco pessoas ficaram feridas no atentado. As nacionalidades das vítimas estrangeiras ainda não foram reveladas.
O 24° andar do Corinthia é reservado à missão diplomática do Catar na Líbia. No momento do ataque, nenhuma autoridade estava no local. Já o chefe do governo autoproclamado da Líbia, Omar al-Hassi se encontrava no hotel durante a perseguição aos extremistas, mas foi retirado a tempo.
Paternidade do ataque
De acordo com a SITE, organização norte-americana que rastreia conteúdo extremista na internet, o ataque foi reivindicado por uma facção filiada ao grupo Estado Islâmico. O objetivo do atentado foi vingar a morte de Abu Anas al-Libi, suspeito de ter participado de ataques da Al Qaeda contra as embaixadas dos Estados Unidos na Tanzânia e no Quênia em 1998.
Em outubro de 2013, ele foi capturado pelas forças especiais norte-americanas em Trípoli e levado aos Estados Unidos para ser julgado. Al-Libi morreu no começo deste mês em um hospital de Nova York, alguns dias antes do início de seu processo. (Com RFI)
