Chefe de um governo corrupto e paralisado, Dilma reúne equipe ministerial loteada e incompetente

dilma_rousseff_459Muito para nada – Desde a cerimônia de posse no novo mandato, em 1º de janeiro, a presidente reeleita Dilma Vana Rousseff vem fugindo dos holofotes para não ter de explicar o inexplicável. Afinal, a petista disse durante a corrida presidencial de 2014 que não adotaria medidas impopulares caso fosse reeleita. Com a economia brasileira em grave grise, Dilma foi obrigada a se render ao óbvio e permitir que profissionais experimentados passassem a definir a nova política econômica. Ministro da Fazenda e principal integrante da equipe econômica, Joaquim Levy anunciou na última semana um pacote de maldades que aumenta impostos, encarece o crédito e eleva os preços dos combustíveis, entre outras medidas que afetam o cidadão, começando por aquele que acreditou na enxurrada de bravatas petistas.

Nesse período de “esconde-esconde”, Dilma aproveitou para receber no Palácio do Planalto muitos dos 39 ministros de Estado, que tomaram posse no começo do ano. Nesta terça-feira (27), a partir das 16 horas, a presidente Dilma comanda, na Granja do Torto, a primeira reunião interministerial. No encontro, que contará com a participação dos titulares das 39 pastas, a presidente da República endossará oficialmente o pacote de maldades anunciado por Joaquim Levy.

Ao chancelar o pacote de ajustes, Dilma estará reconhecendo, de forma simultânea, o fracasso da política econômica que marcou seu primeiro governo. Sob a batuta do então ministro Guido Mantega, que virou alvo de chacota do mercado financeiro, o governo petista adotou, de janeiro de 2011 a dezembro de 2014, pelo menos duas dúzias de medidas de estímulo à economia, sem que ao menos uma tivesse produzido o resultado esperado. Aliás, muitas das medidas foram consideradas inócuas.

Considerando que o governo brasileiro precisa acenar aos investidores internacionais com alguma possibilidade de melhora no quadro econômico, Dilma não tem outra saída, que não a de endossar as medidas anunciadas pela equipe ancorada por Joaquim Levy. A grande questão é saber se Levy terá apoio político incondicional para implementar as reformas necessárias. Como o PT tem um conhecido e totalitário projeto de poder, medidas impopulares, como as anunciadas, colocam tudo a perder no reino petista. Isso explica os ataques de que tem sido alvo a presidente da República. A mais recente incursão ficou por conta de José Dirceu, o mensaleiro condenado que cumpre pena de prisão domiciliar, que acabou abatido em pleno voo no rastro da Operação Lava-Jato.

Há quem desconfie dessa suposta autonomia de Joaquim Levy, o que tem feito crescer as apostas de que o ministro da Fazenda não durará muito no cargo. Isso porque Dilma é centralizadora e em questões de economia a última palavra sempre foi sua. A única diferença em relação ao governo anterior é que Dilma não poderá concorrer à reeleição. Mesmo assim, medidas que penalizam o povo podem atrapalhar os planos ousados de Luiz Inácio da Silva, o agora lobista Lula, que continua de olho na cadeira presidencial.

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