Petrolão: Dilma resistiu como pôde, mas cedeu à pressão para demitir Maria das Graças Foster

graca_foster_08Olho da rua – Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, começa a arrumar as gavetas. Isso porque a presidente Dilma Rousseff, em mais uma demonstração de fraqueza política, se rendeu às ordens de Luiz Inácio da Silva. Essa demonstração clara de desgoverno faz com que Dilma afunde na falta de credibilidade de um governo paralisado e corrupto, ao mesmo tempo em que Lula mostra que continua mandando e desmandando nos subterrâneos do poder.

A decisão de ejetar Graça Foster do cargo decorre do temor que ronda o Palácio do Planalto diante da possibilidade de a presidente da Petrobras não suportar a crescente pressão que emerge da Operação Lava-Jato, que já colocou na alça de mira muitos petistas cinco estrelas.

A presidente da República fez o impossível para manter Maria das Graças Foster no cargo, mas a situação da “companheira” é muito mais complicada do que se imagina. A decisão defenestrar a principal executiva da petroleira começou a fermentar quando a empresa divulgou a informação de que os desmandos, dentre eles os do Petrolão, teria gerado um prejuízo de R$ 88 bilhões, número apurado por contabilistas externos e da própria estatal. O anúncio causou um tremendo mal estar no governo, que obrigou a diretoria da empresa a rever as contas. Foi quando a Petrobras, revisando os números, afirmou que a roubalheira teria deixado um prejuízo de R$ 3 bilhões.

Enquanto Maria das Graças Foster se prepara para deixar o comando da Petrobras, uma nova denúncia contra a empresa já aterrissou na Procuradoria da República, com acusações graves contra a presidente Dilma Rousseff e o lobista de empreiteira Lula. O caso refere-se à expropriação da Petroquímica Triunfo, no Rio Grande do Sul, que acabou nas mãos do Grupo Odebrecht, por meio da Braskem, detentora do monopólio do setor.

Desde a deflagração da Operação Lava-Jato e a declaração estabanada de Dilma sobre a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, no Texas, a Petrobras vem sangrando, com direito a perdas bilionárias do seu valor de mercado. Ainda ostentando o título de maior empresa brasileira, a Petrobras, ao longo dos últimos quatro anos, perdeu mais de R$ 260 bilhões em valor de mercado. Cifra que corresponde aproximadamente a 75% do valor original da companhia.

Outro fator que levou a Petrobras a essa débâcle financeira, que pode culminar com a falta de caixa em 2016, foi a decisão do governo do então presidente Lula de incentivar a venda de automóveis novos, sem se preocupar com a produção de combustíveis. Como a demanda por combustíveis tornou-se maior que a oferta da noite para o dia, a Petrobras foi obrigada a importar gasolina, como forma de abastecer o mercado e não impactar o cálculo da inflação oficial.

Quando Lula pediu aos brasileiros que mergulhassem de cabeça na vala do consumismo, o UCHO.INFO afirmou que a decisão presidencial era não apenas equivocada, mas um tiro no pé, pois em menos de dez anos o Brasil estaria paralisado por conta da inviabilidade econômica do Estado, como um todo, no rastro da falta de planejamento de um governo bandoleiro, incompetente e corrupto. Um dos primeiros alertas feitos pelo site, no final de 2008, foi em relação à saúde financeira da Petrobras, que na ocasião já era saqueada com a anuência do governo federal.

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