Incompetência pode levar o País a bater de frente com grave crise financeira, afirma deputado

crise_economica_12Problemas adiante – “De onde menos se espera, daí é que não sai nada, já dizia o Barão de Itararé”. Assim o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), classificou a expectativa em relação ao segundo mandato da presidente reeleita Dilma Rousseff, afirmando que, com os erros que vêm sendo cometidos pelo governo o País vai “bater de frente” com uma crise financeira ainda neste ano.

Na terça-feira (3), o parlamentar criticou a presidente da República por ter levado o Brasil “à grave situação em que o país se encontra e não reconhecer sequer os erros cometidos”. Bueno cobrou que Dilma tivesse se desculpado pelos equívocos na última reunião ministerial, que ela prometeu que teria caráter corretivo.

“A fala da presidente na reunião quer fazer parecer que chegamos a esta situação por mero acaso, o que definitivamente não é verdade; foi fruto da incompetência e da falta de diálogo com os partidos políticos e a sociedade civil organizada com o intuito de superar os problemas”, disse Rubens Bueno na tribuna.

Tarifaço e juros altos

Arrocho tarifário, mais impostos, juros mais elevados, retração da indústria e baixa nos investimentos formam um cenário “absolutamente preocupante” do governo petista, ressaltou o líder. Ele lembrou que a inflação média na administração Dilma Rousseff foi de 6,2% ao ano, o que levou a um acúmulo de nada menos que 27% em quatro anos.

“A presidente não apenas descuidou da inflação, como segurou preços da gasolina e da energia que agora estão sendo reajustados. Em 2015 teremos um tarifaço graças à desastrosa política artificial para controlar a inflação”, observou Bueno.

O líder lamentou que as projeções dos especialistas e do mercado quanto ao crescimento do Brasil nos próximos quatro anos são de pífios 1,5%, enquanto a taxa de juros deverá permanecer acima de 10% ao ano. “O Brasil está pagando um preço muito alto pela incompetência e pelo amadorismo do primeiro governo Dilma”. Rubens Bueno destacou que a corrupção que grassa na administração petista acentua ainda mais a gravidade do quadro instalado no país.

Excesso de ministérios

Incapaz de realizar reformas que o Estado exige, o governo sustenta o número assustador de 39 ministérios, protestou Bueno. “O número de ministros triplicou desde 1990. Ministérios e cargos cujos titulares são chamados de ministros foram multiplicados para facilitar a atração de aliados ao Planalto”, denunciou o parlamentar.

“A nossa tragédia é visível e, se não for atacada com determinação por uma nova agenda social, política e econômica, seguirá se arrastando pelos próximos anos”, advertiu o líder do PPS.

Leitores souberam antes

Não foi por falta de aviso ao governo que o Brasil mergulhou em uma grave crise econômica, a ponto de a presidente ser obrigada a mentir de forma escandalosa dura a corrida presidencial para garantir a reeleição. E mesmo assim a vitória foi por pequena margem de votos, se considerado o enorme contingente de eleitores.

Em dezembro de 2008, quando a crise internacional apontava a proa na direção do Brasil, o UCHO.INFO alertou para o perigo que representava o conjunto de medidas do então presidente Lula para enfrentar os efeitos colaterais do que ele classificou como “marolinha”. À época, o site afirmou que as medidas eram inconsequentes, sem qualquer embasamento técnico, e que a falta de planejamento por parte do governo levaria o País a uma situação de insolubilidade.

Naquele momento, o máximo que o staff palaciano conseguiu fazer foi nos acusar de torcer contra o Brasil, quando na verdade nosso compromisso maior é com a nação e seus cidadãos de bem. Somente um irresponsável seria capaz de fazer tal acusação, pois era esperado que uma grave crise se instalaria no País em no máximo uma década. O tempo passou e seis anos mais tarde o Brasil deparou-se com um nó econômico que só será desatado com a penalização da população, que já é obrigada a conviver com elevadas taxas de juro, carga tributária maior, inflação alta e disparada dos preços de alimentos e serviços, sem contar as tarifas de energia e transporte público, além dos combustíveis.

Quando foi apresentada ao eleitorado nacional, Dilma pegou carona no termo “gerentona”, usado por Lula para incensar sua então candidata à Presidência da República, que segundo o ex-metalúrgico era a “garantia de continuidade”. É preciso reconhecer que Lula não mentiu, pois Dilma Vana Rousseff deu continuidade à lambança iniciada em janeiro de 2003 e que não tem data para acabar.

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